A Secretaria de Saúde de Porto Alegre emitiu uma nota técnica com diretrizes para profissionais e serviços da área sobre o diagnóstico da Mpox, doença para a qual três casos foram confirmados na cidade neste ano.
Dois dos casos registrados envolvem moradores de Porto Alegre que contraíram a Mpox após viagens ao Rio de Janeiro e Canadá. O terceiro caso diz respeito a um residente de São Paulo que foi atendido em Porto Alegre, onde realizou exame laboratorial que resultou positivo.
A nota técnica, divulgada na terça-feira (20), sublinha a importância e os procedimentos necessários para a notificação de casos suspeitos à vigilância epidemiológica. Além disso, o documento detalha o período de incubação e transmissibilidade do vírus, suas mutações, indicações para exames, além de recomendações para isolamento quando necessário. Também são abordados aspectos relacionados ao tratamento da doença, procedimentos para coleta de amostras para exames e diretrizes sobre a vacinação.
Em 14 de agosto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional para a Mpox, em resposta ao aumento de casos na República Democrática do Congo e países vizinhos, com risco de propagação para outras regiões, incluindo fora do continente africano. Foi identificada uma nova variante do vírus, mais transmissível e causadora de infecções mais graves. Em 2024, a África contabilizou mais de 15.600 casos da doença, com 537 mortes, números superiores aos registrados em 2023.
No Brasil, o Ministério da Saúde criou um Centro de Operações de Emergência para Mpox em 15 de agosto. Em 2024, foram registrados mais de 700 casos da doença no país, com maior incidência nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
