O Corinthians Feminino mais uma vez prova sua supremacia no cenário do futebol brasileiro, erguendo pela terceira vez consecutiva o troféu da Supercopa Feminina. Duda Sampaio, autora do gol do título, resumiu bem a sensação: “virou rotina”. Mas por trás dessa repetição está um time que trabalhou incansavelmente e investiu para alcançar esse feito.
As Brabas, como são carinhosamente chamadas, ostentam não apenas o título da Supercopa, mas também o bicampeonato brasileiro e o título da Libertadores feminina. Tamanha é a estrutura e o comprometimento desse time que sua hegemonia no futebol brasileiro é mais do que merecida.
Diferentemente de muitos clubes que encaram o futebol feminino como uma obrigação apenas para cumprir regulamentos, o Corinthians enxerga suas jogadoras como parte essencial do clube, capazes de gerar receita, lotar estádios e emocionar a torcida.
A questão que fica é: até quando os demais clubes vão assistir passivamente enquanto o Corinthians domina o cenário feminino? A resposta é clara: enquanto não tratarem o futebol feminino com o devido respeito e investimento, as coisas não mudarão.
O Corinthians é um exemplo mundial de como investir no futebol feminino. Desde 2016, o clube vem fazendo investimentos sólidos, contratando jovens talentos, tendo uma base vencedora e proporcionando estrutura adequada para suas atletas. E esse trabalho está sendo recompensado com títulos e reconhecimento.
Alguns clubes, inspirados pelo Corinthians, começam a olhar para o futebol feminino como uma oportunidade de renda. No entanto, continuarão a ver o Timão levantar troféus, pois o trabalho incansável ao longo dos anos garantiu a hegemonia corinthiana no futebol brasileiro.
E não é apenas dentro de campo que o Corinthians se destaca. Enquanto muitos clubes lutam para atrair alguns milhares de torcedores, o Corinthians enche o estádio Neo Química, mesmo em jogos realizados às 10h30 da manhã de um domingo. Isso é fruto de trabalho árduo e crença no futebol feminino.
Hoje, outros clubes como Cruzeiro, Flamengo, Internacional e Palmeiras começam a seguir os passos do Corinthians. Possuem estrutura para suas jogadoras, ótimas categorias de base, disputaram finais, sentiram o sabor da vitória, mas ainda estão longe da hegemonia alcançada pelo Timão.