Vice de Bolsonaro afirma que Brasil herdou ‘indolência’ do índio e ‘malandragem’ do africano durante evento no RS

general Antonio Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente ao lado de Jair Bolsonaro (PSL) nas Eleições de 2018, afirmou em um evento nesta segunda-feira (6) que o Brasil herdou “indolência” da cultura indígena e “malandragem” do africano. O político esteve em uma reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, quando deu a declaração.

“Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena, minha gente. Meu pai é amazonense. E a malandragem, Edson Rosa (vereador de Caxias do Sul), nada contra, mas a malandragem é oriunda do africano. Então, essa é o nosso cadinho cultural. Infelizmente, gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas”, afirmou Mourão, em trecho gravado pelo jornal Pioneiro.

O vice de Bolsonaro ainda afirmou que “existe o famoso complexo de vira-lata dentro do nosso país” e que “temos uma herança cultural”, onde “tem muita gente que gosta do privilégio”.

Após a repercussão de sua fala, Mourão disse foi mal interpretado e que em momento algum fez referência a indígenas e africanos de forma pejorativa. Afirmou ainda que não é racista, reforçou sua origem indígena, e disse que “o brasileiro precisa conhecer a sua origem para as coisas boas e não tão boas”.

Mourão afirmou que a polêmica está sempre presente em suas palestras, e que ele reafirma tudo por acreditar que “nós brasileiros temos heranças culturais boas e ruins” e que isso vale, na opinião dele, para as pessoas brancas que ocupam cargos públicos e tentam obter vantagens e privilégios em suas funções. Ou seja, disse que não se trata do negro, do índio ou do branco, e sim de uma personalidade cultural que precisa se entendida e mudada.

O Globo

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