O meio-campista Alan Patrick está em sua segunda passagem pelo Estádio Beira-Rio. Na primeira, entre julho de 2013 e dezembro de 2014, emprestado pelo ucraniano Shakhtar Donetsk, disputou 49 partidas e marcou 4 gols. Voltou ao Internacional, em definitivo, em abril de 2022, e tornou-se uma boa opção para o time titular, após uma série de jogos no banco de reservas.
Cria da mesma safra do Santos em que surgiram vários dos que conquistaram a Libertadores de 2011 – como Neymar (PSG) e o lateral-esquerdo Alex Sandro (Juventus), o goleiro Rafael (Cruzeiro) e os também meias Ganso (Fluminense), Felipe Anderson (Lazio-ITA) e Wesley (Ponte Preta) -, Alan sempre mostrou um futebol de qualidade nos passes e assistências, além de bons chutes de média distância e nas bolas paradas. Lembra muito o estilo dos meias-direitas dos anos 80 do próprio Colorado, como Luis Fernando Flores e Luis Carlos Martins, fundamentais nas campanhas do Brasileiro de 1988 e da Libertadores de 1989.
Em alguns momentos, muitos colorados nas redes sociais e no estádio, reclamam de sua suposta lentidão, das dificuldades para marcar o volante adversário ou dar o combate. O histórico de lesões musculares, desde os tempos em que atuava pelo Palmeiras, em 2015, e que o incomodaram no retorno ao Inter, também são importantes nesta análise.
Parece insensato pedir calma e paciência a uma torcida apaixonada, que não comemora títulos relevantes há uma década, mas não custa entender as características de jogadores como Alan Patrick, e que sua contribuição depende de sua condição física plena e que as jogadas que passem pelo meio-campo, com a aproximação dos laterais e de Gabriel, como ocorreu na vitória por 2×1, contra o Atlético Goianiense, fora de casa, na noite de segunda-feira