Neste sábado, teremos um dos maiores clássicos do mundo: o Grenal. O Grêmio, sob o comando de Renato Gaúcho, enfrentará fora de casa um Internacional dirigido pelo competente Roger Machado, que vive um ótimo momento e está invicto há nove jogos.
Esse clássico promete um enredo especial. Roger, que construiu uma linda história com a camisa tricolor, tanto como jogador quanto como técnico, agora tenta conquistar um título de expressão pelo Colorado, que busca sua retomada no cenário do futebol brasileiro. Por outro lado, Renato Portaluppi é um técnico vencedor e renomado. Recentemente, sua postura nas coletivas de imprensa tem se tornado mais excêntrica. Com a chave do clube em mãos, ele desfruta de algumas regalias, como um dia a mais de folga após a parada da FIFA.
A temporada do Grêmio está aquém das expectativas. O time tem lutado muito mais para evitar a queda para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro do que para brigar pelo título ou por uma vaga na Libertadores do próximo ano. Essa situação tem gerado um clima conturbado para Renato Portaluppi e toda a direção gremista.
Renato, sem dúvida, é o maior ídolo da história do clube, o que traz tanto prestígio quanto complicações. Essa condição pode atrapalhar e até dividir opiniões sobre sua permanência no cargo. Em diversas coletivas, o treinador tem desviado o foco de perguntas desconfortáveis e rebatido críticas, constantemente. Algumas coletivas pós jogo tem tornado um ambiente tenso para todos. Nos últimos depoimentos, deixou claro seu descontentamento e chegou a colocar seu cargo à disposição, sinalizando um futuro incerto no clube.
Vale lembrar que Renato possui contrato até o final do ano e já foi até cogitado para assumir o Cruzeiro, atualmente comandado por Fernando Diniz. Essa incerteza em torno de seu futuro só aumenta a pressão sobre suas decisões e a necessidade de resultados.
Diante desse contexto, Renato sairá fortalecido em caso de vitória tricolor neste sábado. Podemos imaginar como será o tom da sua coletiva: ele deve atacar a imprensa, jogar uma ironia para o rival e, claro, repetir seus clássicos bordões, como “falei pra vocês que o Grêmio comigo não cai” e “sou pago para pensar”. Essa postura, além de ser uma marca registrada de Renato, gera engajamento e repercussão, ofuscando até mesmo o que ocorre dentro de campo.
E com a torcida ao seu lado, uma vitória no clássico certamente fará os gremistas comemorarem, pelo menos por ora, deixando em segundo plano a temporada abaixo das expectativas. Essa vitória poderia ser um alívio e um sinal de esperança em um momento tão conturbado. Afinal, quando se trata de clássicos, o orgulho e a paixão falam mais alto.
Entretanto, não subestimem uma vitória colorada. Roger Machado, além de merecer, precisa dela para confirmar o excelente trabalho que vem realizando no Beira-Rio. Com um triunfo, ele alcançará a marca de dez jogos invictos à frente do clube, um feito que certamente chamaria a atenção de todos.
