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Opinião: FGF erra ao escalar VAR envolvido em polêmicas para Inter x Caxias

A escolha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para comandar o VAR da semifinal entre Internacional e Caxias no Beira-Rio levanta uma questão preocupante: por que colocar um árbitro de vídeo que já esteve no centro de polêmicas envolvendo o próprio Inter? Rafael Traci, escalado para o duelo decisivo, acumula decisões controversas em partidas recentes do Colorado, o que gera desconfiança e coloca em xeque a lisura da arbitragem.

Um histórico de controvérsias

Não é de hoje que o nome de Traci está associado a decisões que geraram indignação no futebol brasileiro e sul-americano. No duelo entre Vélez Sarsfield e River Plate, pela Libertadores, sua recomendação para anular um gol do time argentino foi determinante para a eliminação do River. No Campeonato Brasileiro, na partida entre Internacional e Botafogo, foi ele quem orientou a revisão do lance que resultou na expulsão de Philipe Sampaio e na marcação de um pênalti decisivo para o Colorado.

O episódio do Beira-Rio na Série A de 2022, aliás, expôs falhas na comunicação da arbitragem. No áudio divulgado pela CBF, percebe-se que Traci influencia diretamente na decisão do árbitro de campo, Savio Pereira Sampaio, ao sugerir que a bola desviada no peito de Sampaio seguiu para o braço de maneira deliberada. A falta de resposta às dúvidas do juiz e a posterior expulsão do zagueiro do Botafogo foram duramente criticadas por especialistas.

Falta de critério da FGF

O erro da FGF não está apenas na escolha de Traci, mas na falta de sensibilidade e transparência ao definir um VAR com um histórico de polêmicas envolvendo um dos times em campo. Em um momento crucial da temporada, qualquer decisão duvidosa pode comprometer a credibilidade do torneio e alimentar suspeitas desnecessárias.

Se o objetivo da arbitragem é garantir justiça e isenção, por que insistir em nomes que já foram alvo de questionamentos? O futebol brasileiro, e especialmente os campeonatos estaduais, precisa urgentemente rever seus critérios de escalação para evitar situações como essa, que apenas geram mais desconfiança nos torcedores e dirigentes.

A FGF deveria ter optado por um profissional sem esse histórico com o Internacional, garantindo maior imparcialidade e evitando a inevitável pressão que virá sobre qualquer decisão de Traci no jogo. Infelizmente, ao ignorar esses fatores, a entidade expõe sua fragilidade na gestão da arbitragem e abre espaço para mais uma semifinal marcada por polêmicas extracampo.

Agora, resta torcer para que a atuação de Traci não seja determinante no resultado da partida. Mas, independentemente do que acontecer, a FGF precisa repensar urgentemente suas escolhas para evitar que a credibilidade do futebol gaúcho siga sendo questionada.

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Wagner Andrade
Wagner Andradehttps://realnews.com.br/
CEO | Jornalista | Comunicador | Narrador | Te ajudo a fortalecer a marca da sua empresa através da comunicação

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