O empreendedorismo é parte do progresso e desenvolvimento do país

A principal razão que leva países socialistas e comunistas ao mais completo e radical fracasso econômico – e consequentemente, a um aviltante e severo declínio da qualidade de vida dos cidadãos – é o desprezo inerente destes sistemas pelo empreendedorismo. Como a atividade empreendedora é completamente relegada à marginalidade, muitas vezes não tendo nem sequer condições de existir, não devemos ficar surpresos pelo fato de, em tais países, a miséria se alastrar como uma fatídica e mortífera epidemia, da qual seus habitantes tentam desesperadamente escapar, fugindo para outros países. Por isso nações como Cuba, Venezuela, Angola e Moçambique irradiam pobreza sistemática. Seus governos insistem em perpetuar um sistema que, longe de combater a pobreza, apenas torna o problema ainda mais grave e irreversível.

As formas mais eficientes e salutares para combatermos de forma sistemática a precariedade da condição humana – as armas mais eficazes que temos – estão alicerçadas na sinergia agregada de quatro fatores: liberdade, livre iniciativa, empreendedorismo e capitalismo. E isso é tudo o que precisamos para criar riquezas e gerar prosperidade. O papel fundamental do governo seria não se intrometer.

Não existe progresso, nem desenvolvimento, sem livre mercado, sem empreendedores, sem pessoas criando, inovando e trocando ideias, em um ambiente orgânico e salutar, submisso a uma ordem natural. Regulações governamentais apenas tendem a destruir isso, pois promovem uma corrosão do ordenamento natural, e normalmente, tal arranjo beneficia apenas a um pequeno grupo de burocratas no poder, bem como os seus associados corporativistas. Não é sem razão que governos se empenham tão avidamente na criação de monopólios, e através de regulamentos brutais e de um aparato burocrático inflexível, elaboram um diagrama econômico completamente artificial, cuja única função é enriquecê-los.

Não precisamos de teorias, nem de grandes estudos acadêmicos para comprovar isso. Basta, para tanto, simplesmente avaliarmos a realidade. Todos os países que abraçaram a liberdade e afastaram-se do estado – como Chile, Suíça, Nova Zelândia, Austrália, Irlanda – tornaram-se axiomas de prosperidade. Por outro lado, países com governos ultraestatizantes, como Venezuela, Brasil, Nicarágua, Coréia do Norte, Cuba, Congo, Eritreia, são redutos de pobreza, inanição, miséria crônica e mortalidade infantil em virtude do sistema de planejamento central, que de forma arrogante e prepotente, persiste na ambição de ser capaz de organizar a sociedade, de uma forma pretensiosa, irrealista e coletivista.

Para um país se desenvolver de forma salutar, tudo o que o governo deveria fazer seria deixar as pessoas em paz, livres para cuidarem de suas próprias vidas, sem impedimentos, sem restrições, sem regulações absurdas que confiscam seus recursos, e desperdiçam seu tempo em atividades improdutivas como burocracia. O que realmente precisamos para erradicar ou ao menos reduzir diametralmente todos os problemas gerados pelo estado é exigir a ampliação de nossas liberdades inerentes, e exigir do estado que limite-se a fazer aquilo que dele é esperado – ou seja, o mínimo possível. O estado deveria existir para servir, não para escravizar. As consequências inerentes da ausência de empreendedorismo serão a acentuação da miséria, da escassez e da servidão estatal, fatores que contribuem apenas para tornar a vida mais precária, deplorável e inviável.

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