Na falta de argumentos… fale de Deus

Na coluna desta semana divido ao amigo leitor uma reflexão que tem sido com alguns amigos debates calorosos de tantas opiniões divergentes e ao mesmo tempo reune em cada observação lançada ,importante ponto de vista para entender este novo ciclo em nossa política.

Tem acontecido com alguma frequência durante  eventos do Governo Federal e entrevistas nas mídias , trazer o nome de Deus com intuito de o mesmo estar próximo e chancelando tal ato, comum também e amplamente perpetuado em meio de frases a qualidade de Cristão.

Minha intenção não é criticar o Governo de meu País, mas provocar a atenção de quem me lê, de um discurso rotineiro que fixou lugar desde o primeiro Governo do Presidente Lula, e assim explico ; o vice presidente naquela época era José Alencar que vinha de uma base religiosa católica conservadora e fazia questão que ficasse demonstrado pelo então chefe da Nação esse posicionamento com intuito de manter se em unidade o país; lembremos também que tal flerte religioso portanto não é fator incomum, mas tem trazido motivos para enaltecer qualidades que anteriormente não era fonte para a análise de alguma competência .

Para quem não lembra a postura de opinião de José Alencar, o mesmo declarou ser contra o Aborto e o Homosexualismo, criticou o molde de Reforma Agrária que sofriamos naquele momento e defendeu Armas Nucleares, pautas essas que não parecem ter em algun momento perto de estarem a ser defendida pelo então governo.

Nos dias atuais, estamos aonde o vento leva, estamos em uma pré campanha dissimulada que versa  sobre os efeitos da pandemia, temos o posicionamento indireto que ser Cristão é conduta valorosa e que Deus vai consertar a Pátria. Não há como não pensar porque não há espaço para outros religiosos de outras linhas da infinita fronteira da Religião, neste pensamento Deus não pode ser um cabo eleitoral.

Fazendo aquele questionamento para refletirmos, não estaria incorreto que estamos em novos tempos de Cruzadas, fazendo se a analogia histórica para se entender melhor o presente , assim identificamos o Cristão como a poderosa Igreja de antigamente, as outras religiões a serem identificadas como Hereges e lógico, aqueles que compões pensamento diverso serão os novos Mouros a serem combatidos. O que me assusta é que nós como povo ordeiro em sua criação, estamos nos tornando sem identidade, intolerante e exaltado na ignorância, além de preconceituoso diante tanta vaidade individual espelhada na nossa sociedade.

Ver os políticos falarem em tom próximo a religião ou a usando para esconder os males que ninguém quer corrigir é transcender aos esclarecidos que os mesmos não são bem vindos por manifestarem pensamentos aptos a cobranças ; e assim concluo com uma definição bem simplória dos tempos … na falta de argumentos… fale de Deus.

Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político

Sobre : Eduardo na Política – Coluna voltada a reflexão política,definição de termos políticos e história política

Instagram : @eduardonapolitica

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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