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Gre-Nal 448: o clássico mais deprimente dos últimos anos

O próximo Gre-Nal, marcado para domingo no Beira-Rio, carrega um peso diferente: a expectativa de ser um dos clássicos mais melancólicos dos últimos tempos. Tanto Internacional quanto Grêmio atravessam momentos turbulentos e chegam ao clássico mais pela necessidade de sobrevivência do que pela disputa de protagonismo.

O Colorado, comandado por Roger Machado, vive um cenário de desânimo. Jogadores que eram apostas da temporada já deixaram o clube — casos de Enner Valencia, agora no Pachuca, e Wesley, negociado com o Al Rayyan. A equipe que brilhou no Gauchão, chegou a empolgar o país e até foi apontada como candidata ao título do Brasileirão, não existe mais. Hoje, o Inter luta para evitar a queda à Série B.

Enquanto o Grêmio sofria em casa, o Inter era atropelado pelo Palmeiras no Allianz Parque. O 4 a 1 no placar poderia ter sido ainda maior, já que os quatro gols saíram ainda no primeiro tempo. E o Verdão tirou o pé pensando no próximo duelo da Libertadores contra o River Plate.

Polêmicas internas, atuações abaixo da crítica e um ambiente pesado tomaram conta do vestiário. Nas entrevistas, Roger transmite a mesma apatia que o time apresenta em campo, reforçando a sensação de que o objetivo da temporada se resume a terminar 2025 ainda na elite, para recomeçar do zero em 2026.

Do lado tricolor, a situação não é muito diferente. Sob o comando de Mano Menezes, o Grêmio coleciona frustrações: eliminação precoce na Copa do Brasil para o CSA, queda nos playoffs da Sul-Americana diante do Alianza Lima e, no Brasileirão, luta contra a zona de rebaixamento.

A esperança gremista está depositada nas contratações da última janela. Nomes como Willian, Noriega, Balbuena, Marcos Rocha e o retorno do ídolo Arthur trazem um sopro de otimismo, mas ainda sem reflexos claros dentro de campo.

Mesmo com a Arena lotada por mais de 40 mil torcedores, o Grêmio voltou a decepcionar, desta vez sendo derrotado pelo Mirassol, que vive uma temporada inspirada. O tempo extra de preparação durante a Data FIFA não foi suficiente para Mano ajustar a equipe.

Neste cenário, o clássico de domingo se torna um divisor de águas. Mais do que os três pontos, Inter e Grêmio precisam mostrar reação para aliviar a pressão e dar um mínimo de esperança ao torcedor. Para Roger Machado e Mano Menezes, o Gre-Nal pode significar sobrevida ou a intensificação da crise.

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