Toda história possui um inicio, meio e fim. Mas existe uma que nunca haverá um ponto final. Começou por volta de 1981, quando o Grêmio foi a Bento Gonçalves buscar um jovem que atuava no Esportivo. Dois anos depois aquele jovem, era titular e escrevia seu nome na história de um dos clubes mais importantes do planeta. O ano era 1983, um jogo encardido, Renato na linha da lateral direita e de costas, levanta a bola pra área, César aproveita e se joga de cabeça, marcando o gol do título, a primeira Libertadores, tinha a marca de Renato Portaluppi. Este ano ainda reservava algo maior para o camisa 7 gremista. No Japão, na terra do sol nascente, o tricolor enfrentava a sensação europeia, Hamburgo e mais uma vez, o garoto nascido em Guaporé, serra gaúcha, entrava de vez para a história do Imortal. Como diz a canção ” na rádio toca o velho rock n’ roll, lembro do Renato, o homem gol” , com dois gols ele cravava a marca de maior ídolo do Grêmio. Anos mais tarde voltaria, mas sem o mesmo destaque de antes. Assim acabava o primeiro capitulo.
RENATO, ESCREVA TUA HISTÓRIA COMO UM DOS MAIORES TREINADORES DO GRÊMIO
Então o ano era 2010, depois de um primeiro semestre sendo campeão gaúcho, sobre o rival, o tricolor vivia momento conturbado no brasileirão. Renato, vice-campeão da América e campeão da Copa do Brasil, com o Fluminense, foi chamado para escrever o capitulo 2, da história com o Grêmio. E novamente se destacou, tirando o clube da antepenúltima colocação e deixando ao término da competição classificado para a Libertadores, na quarta colocação. Assim como toda história, essa também possui momentos conturbados. Em 2011, Renato deixa o comando do Grêmio. Retornaria em 2013 e cuidem bem, neste anos a sua estreia foi contra o Athlético Paranaense. Na época substituiu Luxembrugo e conseguiu ser vice-campeão brasileiro.
FIM DOS 15 ANOS
Ao fim da temporada 2013, Portaluppi não ficaria no Grêmio. Talvez por que os deuses do futebol reservavam algo melhor para ele. 2016 substituiria outro ídolo, Roger Machado. A coincidência? estrear contra o Athlético Paranaense. No sufoco, na paixão, o time de Renato avança para as quartas de finais da Copa do Brasil. Mas ainda não era o suficiente. O treinador havia prometido aos jogadores que faria deles campeões. O tricolor estava na fila, não ganhava nada importante desde 2001. E quis os deuses, que isso tivesse um fim 15 anos depois e justamente com o técnico no comando e em uma Copa do Brasil. O tri da Libertadores coroaria Renato. Jogando sim, o melhor futebol da América, levou o time para a sua terceira conquista. Os anos seguintes vieram e trouxeram a volta da hegemonia gremista no estado. Perder Grenal, era algo incomum com Renato, ele trabalhava muito isso com os jogadores. Mas perdas, arrogância e quedas feias também vieram, infelizmente.
ADEUS É UMA PALAVRA FORTE, FICAMOS COM UM ATÉ BREVE
Toda relação tem momentos conturbados, toda história precisa ter um novo capitulo. Na última quinta-feira, Grêmio e Renato colocaram mais um ponto final. Digamos que na segunda parte. O treinador se foi mais uma vez, mas o ídolo sempre irá viver. O torcedor mais fanático e cético sabem que quando o Grêmio precisar e vai precisar, é para Renato que irão ligar, ele que irão chamar. Portaluppi nos tirou da “seca”, nos colocou de volta no hall de conquistas, ele nos levou a sermos conhecidos e temidos na América e sim, no mundo também. Suas entrevistas sempre polêmicas, agora ficarão, momentaneamente na memória. Obrigado ídolo, por todas as vezes que precisamos, tu estavas a disposição e nunca nos deixando na mão. Teu nome está gravado, como o maior deste time, tua história, ninguém, absolutamente ninguém pode apagar. Tu te tornou o treinador que mais vezes comandou esse clube. Se vai o treinador, fica o ídolo. Logo, logo retornas, até lá, seguimos, acreditando e torcendo para o Grêmio. Mais uma vez, obrigado, por tudo que fez para o tricolor. São palavras de um gremista, para outros outros gremistas. Até logo mais, ídolo!
“QUEM NÃO GOSTA DO DANRLEI E DO RENATO, NÃO É GREMISTA DE VERDADE”
FRASE DITA NO ANTIGO OLÍMPICO, POR UM TORCEDOR.
