A Seleção Brasileira encerrou mais uma Data FIFA com dois empates insossos, ambos por 1 a 1, contra Venezuela e Uruguai. Sob o comando de Dorival Júnior, o que se vê é um time apático, que até tenta, mas parece incapaz de assustar seus adversários. A falta de criatividade e objetividade no ataque é evidente, e isso tem se refletido na tabela das Eliminatórias: 5º lugar, com 12 jogos já disputados. Para uma seleção pentacampeã, esse desempenho soa como um alerta vermelho, especialmente com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando.
Um Brasil Sem Brilho
O que mais preocupa é a sensação de que, em campo, o Brasil joga sempre com um a menos, especialmente no segundo tempo. Contra o Uruguai, isso ficou escancarado. A substituição de Abner, um lateral esquerdo que dava algum equilíbrio ao time, por mais um atacante, expôs uma seleção desorganizada e sem identidade tática.
O retrato de tudo isso estava no banco: Dorival Júnior, de cabeça baixa ou com as mãos no rosto, parecia perdido, como quem questiona o que fazer a seguir. E a resposta, infelizmente, não veio durante os 90 minutos.
Tempo de Reorganização
Com o próximo compromisso pelas Eliminatórias marcado apenas para março, Dorival terá um intervalo precioso para refletir. A grande questão é: será que ele ainda estará no comando da seleção até lá? A instabilidade na CBF só aumenta as dúvidas sobre o futuro. A entidade precisa mostrar firmeza, dar respaldo ao técnico e parar de vacilar em suas decisões, pois é impossível comandar uma seleção sem a certeza de continuidade.
A Necessidade de Resgate
O Brasil que vimos nessa Data FIFA não é o Brasil que conhecemos e queremos torcer. É urgente que a seleção reencontre seu protagonismo no continente, que jogue como uma verdadeira Seleção Brasileira. Se nada mudar, o Mundial de 2026 corre sério risco de ser mais um vexame em nossa história.
Torcedores clamam por mudanças, não apenas no desempenho dentro de campo, mas na postura de uma comissão técnica que precisa assumir a responsabilidade e resgatar a confiança da torcida. Afinal, o que está em jogo não é apenas a classificação para a Copa, mas o orgulho de vestir a amarelinha e representar a nação pentacampeã do mundo.