Ele é simplesmente um dos jogadores com mais “cara” de Grêmio que vi jogar nestes últimos anos. Minha principal lembrança dele do passado foi daquele time que em 2007 se tornou vice-campeão da América, perdendo a final para o Boca Juniors, e que também tinha Tcheco como líder. Até hoje, não sei como chegamos naquela final. Treze anos se passaram, depois de vê-lo virar ídolo em outros clubes, marcando gols inclusive no nosso time. Entre 2014 e 2017, ele balançou as redes 5 vezes jogando pelo Sport. Em 2020, ele retorna para conquistar ainda mais o torcedor.
Jogador com grande liderança nas equipes por onde passou, além dos zagueiros, lutou sempre contra a balança para conseguir desempenhar seu futebol, mas nunca deixou de fazer gols e marcar positivamente sua passagem pelos clubes. Mesmo não tendo conquistado títulos de expressão com a camisa do nosso tricolor, ele é daqueles jogadores que todo técnico quer ter, já tendo jogado em quase todas as posições do meio-campo e ataque, e foi marcante na nossa história.
Não posso esquecer também que ele aceitou o desafio de trazer nosso time de volta para a Série A, mesmo tendo sido injustamente responsabilizado por alguns pela queda. Ele é um jogador “Highlander”. Quando todos acham que ele vai se aposentar, seja por uma lesão, pela idade ou por estar fora de forma, ele volta e mostra que está ainda em melhores condições do que muitos jogadores jovens. Centroavante vive de gols e ele sabe fazê-los bem, e é isso que nós precisamos. Confesso que neste ano de 2023 ele me pareceu desmotivado, mas quem não ficaria tendo como concorrente Luizito Suarez? Com uma lesão, ele está afastado dos gramados há algum tempo. Mas com a cura, o Tanque Tricolor está de volta e merece ficar conosco por mais algum tempo. Temos diversos exemplos de jogadores que entraram na fase dos “enta” ainda jogando bem. Será o caso de Dieguito? Acho que sim. Não vejo opção de custo-benefício melhor para a continuidade deste ano do Grêmio.
@albanotricolor
Foto: Raul PS
