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Lula analisa proposta de reoneração parcial da gasolina com ministros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está analisando uma proposta de reoneração parcial da gasolina. Nesta segunda-feira, 27, ele se reuniu com ministros para discutir a manutenção ou não da isenção dos tributos federais (PIS e Cofins) a partir de 1º de março.

A proposta de reoneração parcial da gasolina foi antecipada pelo Estadão na semana passada e é defendida por ministros palacianos como um meio-termo na disputa entre o comando do PT e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em torno da desoneração da gasolina e do álcool, que acaba amanhã. Fontes do Palácio do Planalto afirmam que a expectativa é que o desfecho seja na direção de uma reoneração parcial e Lula deve tomar uma decisão ainda hoje. Ele se reuniu pela manhã com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de Haddad e Rui Costa (Casa Civil).

Haddad afirmou que a decisão de Lula só deve ser divulgada após um segundo encontro com a equipe econômica e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, ainda hoje.

Na semana passada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e outras lideranças do partido defenderam publicamente a manutenção da reoneração, fazendo um confronto público e direto com o ministro Haddad, que estava fora do País em viagem oficial à Índia para reunião de ministros do G-20. Isso tem gerado preocupação entre os ministros com o lado fiscal e o impacto de uma nova derrota do ministro da Fazenda para a busca da credibilidade da política fiscal do governo Lula. Nesse quadro, alguns ministros defendem que alguma tributação deve voltar logo.

Os agentes econômicos estão atentos à decisão não só em razão do potencial de perda de arrecadação com a manutenção da isenção tributária, mas também da “fritura” de Haddad pelo PT. Em manifestações públicas, o partido e líderes da legenda no Congresso fizeram coro contra a retomada da cobrança de impostos federais.

Essa não é a posição da equipe econômica, liderada por Haddad, que defende a reoneração. A decisão precisa ser tomada até amanhã, dia 28, quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool. A prorrogação desta isenção custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos. No fim do ano passado, Haddad brigou pelo seu fim, mas foi vencido pelo núcleo político – Lula prorrogou a medida por dois meses logo no primeiro dia de mandato.

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