O futebol vive de máximas. Quem nunca ouviu falar a célebre frase “o futebol é dinâmico”

Todavia, evoluir é essencial. O dinamismo pode nos trazer novos problemas, novas dificuldades, novas surpresas. Quando nos traz problemas antigos, aí não se pode falar em surpresa. A questão, então, é de falta de planejamento, de aptidão, de competência.

Ao assumir a presidência do Grêmio, Romildo Bolzan encontrou uma realidade que exigia cortes, sacrifício e muito planejamento.

Havia, então, os chamados “condomínios de credores”, utilizados para a quitação parcelada, em diversas vezes, de volumosas e históricas dívidas, como por exemplo a decorrente da rescisão de contrato com o atleta Kleber “Gladiador”, que demandou, segundo notícias da época, uma dívida de 60 parcelas de R$ 220 mil, totalizando 13,2 milhões de reais.

Pois mesmo tendo experimentado as agruras de pagar valores vultosos, em longos parcelamentos, em razão de dívidas de direções anteriores, o presidente Romildo parece não ter entendido a lição.

A ausência de planejamento e a total falta de conhecimento sobre futebol têm gerado sucessivas contratações, com valores excessivos para atletas que não demonstram nenhum potencial de corresponder, dentro de campo, aos valores investidos.

Como justificar a contratação de Thiago Neves? Carreira descendente, problemas recentes de vestiário, valores altíssimos para o baixo desempenho. Além de, por óbvio, não justificar em campo, ainda gerou uma dívida de 3,4 milhões de reais por conta da rescisão do contrato.

E Éverton Cardoso? Sem brilho há um bom tempo, sofrendo com lesões e pouco rendendo. Todos os indicativos de um péssimo negócio. Não para o Grêmio, que o trocou por ativo com mercado muito mais amplo (Luciano), concordou com contrato longo e com salários de 500 mil reais.

Ao não corresponder em campo, angariou a antipatia da torcida e segue na folha salarial do Grêmio, que arca com parte do salário como forma de conseguir colocar o jogador em outra equipe.

Muitos erros, pouca ação efetiva. O que era praticamente impossível aconteceu com uma naturalidade absurda: o Grêmio foi rebaixado para a Série B do campeonato nacional.

Sentimento geral de revolta e justa expectativa de mudanças profundas por parte da torcida. O que faz o presidente? Mantém quase tudo como estava.

Para coroar um ano de inépcia e dissabores, surge a notícia da rescisão de contrato com o “super gremista” Douglas Costa, que exigirá o pagamento parcelado de mais de 7 milhões de reais.

O Grêmio Multicampeão lamenta que os erros do passado tenham sido esquecidos tão rapidamente pela atual administração.

A julgar pelos valores e prazos das dívidas decorrentes da falta de conhecimento de futebol e de planejamento da atual gestão, o mesmo presidente que se queixou da herança maldita recebida, vai deixar um novo condomínio de credores para as futuras administrações.

E voltando às máximas do futebol, lá do começo da nota, o presidente Romildo está inventando uma nova, ao inverter uma das mais conhecidas, estabelecendo que em time que está perdendo, não se mexe.

 

Nota Oficial do Movimento Grêmio Multicampeão

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