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Laços e Coalizões

Amigo leitor faço desta a minha última coluna neste ano e agradeço por me acompanhar em minhas inquietudes , reflexões e relembrar comigo alguns fatos da história política do nosso país.

Para dar início ao assunto desta semana não poderia ser diferente comentar sobre as alianças políticas que parecem se formar e o choque de interesses internos no Governo,contudo espero um 2022 com grandes desafios e modificações consideráveis politicamente.

A esquerda parece estar se movimentando com a dupla Lula e Alckmin o que gerou espanto, descrédito e decepção para muitos eleitores de quem no passado viu nessas duas personalidades condições de dirigir um Brasil desigual.Não se assuste a política é a soma de interesses comuns aos políticos e não da Sociedade; desta forma me surpreende o silêncio dos cientistas políticos e comentaristas de não perceberem manobra igual ao passado que levou Lula ao poder e assim explico; quando candidato Lula levou consigo na pessoa de José de Alencar um católico rígido nos costumes que eram até contra a pauta defendida pelo plano de Governo, trazendo Geraldo Alckmin a esquerda realiza não uma aliança,mas um laço que leva dois grupos diferentes alcançarem de maneira indireta o poder,Geraldo Alckmin, também segue uma linha cristã, humanista e conservadora, faço ainda uma outra observação que nesta fuga “tucana “enfraquece se as pretensões de Doria ao Planalto diante um mandato conturbado e sem apoio do eleitor paulista. Concluo quanto a esta união como um laço frágil que poderá no futuro por divergências agora ignoradas ruir pela cegueira do poder e ser um desastre para todos, perdendo se oportunidade de renovação, não podendo ser clamada como nova coalizão ou milagre político.

Fazendo o contexto e a analogia histórica lembro que em 21 de fevereiro de 1972, o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, desembarcou em Pequim para uma inédita visita de sete dias à China. Seu objetivo era aproximar o país comunista da órbita americana em plena Guerra Fria. Algo impensável já que existia na época a mesma divisão que hoje sofremos ,mas com contextos diferentes; sendo então, a principal imagem da visita o aperto de mãos entre Nixon e o líder chinês Mao Tse-tung.

A visita provocou concessões da União Soviética aos Estados Unidos. Em 22 de maio daquele ano, Nixon tornou-se o primeiro presidente a visitar Moscou e apertou as mãos do então presidente soviético,Nikita Kruchev. Ou seja naquele momento Capitalismo e Comunismo acharam um denominador comum, que ao contrário dos tempos atuais, aqui parece desconhecer e se perder em enredo de uma velha cartilha.

Já num outro contexto surgem novas coalizões tanto da situção e das chamadas terceira via, ambas descortinam um discurso de progresso e combate, mas vazias em maiores argumentos trazendo conflitos ideológicos, ao eleitor e cidadão fica a grande dúvida se deve reprisar um Governo com avanços moderados ou inovar na postura individualista com soluções e sem resultados consagrados , já que houve um grande fracasso no combate a corrupção pela Lava Jato.

Assim não há muitos detalhes que podem ser narrados quanto a candidatura de Fernando Moro e Luis Henrique Mandetta, pois, ambos terão cortina de vidro e não tocarão com certeza em muitos assuntos polêmicos relacionados ao combate a corrupção e o corona vírus,laço novo que facilmente será desfeito quando todos ficarem juntos para um debate com Lula e Bolsonaro pensando no 2º Turno .

Nesta explosão de resultados e candidatos temos como força uma imprensa apta a fazer cosiderações de crítica a todos e manifestando a preferência e direcionamento de voto em favor de alguns, agindo como um grande cabo eleitoral e seduzindo fantasiosamente quem detém voz e voto.

Em breve com a formação do grande PSL, veremos novas alianças investidas para fortalecer e ou derrubar quem está próximo ao Presidente , assim vejo que o populismo lançado sem resultados de fato poderá ser cobrado mais perto das urnas,pois,será imputado ao Homen Presidente todas as mazelas de fracasso e insatisfação do cidadão, os laços com “povo” poderão ser desfeitos caindo em um vazio indiferente que o respeitará como candidato apenas .

Os mais entusiastas me questionarão que nenhum presidente andou pelas ruas com tanta tranquilidade e essa é uma inverdade, pois, nos anos dourados e econômicos criados pela esquerda muitos aplaudiam de igual forma e até mais exagerada. Em igual ponto de vista para refletir entendo que Mito não é Legado e mesmo assim terei com certeza que esse foi chancelado por uma batalha contra um esquema de informação e a velha política desafiadora que não quer o bom resultado.

Basta perceber que o tão combatido Fundo Eleitoral, foi pelos pares da situação declinada pronta aprovação e que posteriormente pensou se e até ainda repensa -se os efeitos perante o eleitor empobrecido por suas dificuldades pós pandemia, que por sua vez poderá reforçar ou desfazer laços de simpatia por seu político de confiança e admiração .

A pandemia não pode ser desculpa para tudo, mas com certeza trouxe coalizões e laços inimagináveis , nos resta ficarmos atentos para essas coalizões feitas a base de interesses de poucos e que poderão levar há um equívoco de compreensão onde a verdade se perde na fantasia da transformação , do discurso e da fé.

Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político

Sobre : Eduardo na Política

Coluna voltada a reflexão política, definição de termos políticos e história política

Instagram : @eduardonapolitica

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Eduardo Maluhy
Eduardo Maluhyhttps://realnews.com.br/
Advogado em Porto Alegre , Jornalista e Observador Político

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