A COP 30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – foi mais um indício de que os diversos problemas internos enfrentados pelo Brasil não bastam. Na verdade, eles precisam ser expostos perante todo o mundo.
O evento de enorme proporção ocorreu em um local completamente desestruturado e com planejamento inadequado, deixando a desejar até em questões muito básicas, como alimento e hospedagem. Há diversas queixas quanto ao preço de alimentação e acomodação, sendo portanto além de tudo, pouco inclusivo.
Incêndios, atrasos, estruturas mal equipadas ou instalações impróprias foram as grandes estrelas da COP 30…
Apesar de tudo, a grande questão não incide sobre os problemas que um país em situação de desenvolvimento está sujeito a passar. Mas é definitivamente vergonhoso para uma nação considerada uma das principais potências mundiais entregar o que foi oferecido em Belém.
O que fica nítido no fim das contas, é que a COP 30 não passou de um símbolo, uma performance mal executada de inclusão e militância. Afinal, escolher Belém como o local para receber autoridades e pessoas de todo o mundo nas condições em que tudo se deu é minimamente ilógico…Mas claro, militar sempre será a grande prioridade, mesmo que isso vá em sentido contrário à realidade.
Aqui temos mais um clássico exemplo das ideologias tomando espaço do real para dar lugar ao imaginário. Na realidade, essa Convenção não passa de mais um palco político travestido de pauta ambiental.
Nesse sentido, a execução de uma gigante articulação global nas condições em que foi apresentada, escancara o espetáculo criado apenas para fazer barulho — até porque sempre houve diversas especulações de que o evento era completamente inviável, especialmente em Belém do Pará…
No entanto, o único estrondo que foi capaz de chegar a todo o mundo, foi a exposição de que o Brasil é um país despreparado e com um Governo muito mais comprometido com ações meramente teatrais à verdadeira proposição de medidas eficazes e compatíveis com realidade.
