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Corinthians enfrenta falhas graves na gestão de materiais e vice-presidência entra no foco da auditoria

A auditoria interna do Corinthians revelou falhas graves no controle dos materiais fornecidos pela Nike. O volume de produtos retirados ultrapassou em quase trezentos por cento o limite anual previsto em contrato. Enquanto isso, equipes das categorias de base e modalidades do clube lidam com uniformes em desgaste avançado ou sequer recebem o necessário.

O relatório aponta o vice-presidente Armando Mendonça como personagem central em parte dessas irregularidades. Entre junho e outubro, ele retirou 131 itens sem registros formais. Há também relatos de um funcionário flagrado comercializando produtos do clube. Em um dos jogos contra o Fluminense, faltaram camisas do uniforme principal para compor a escalação completa.

O documento descreve que Mendonça demonstrou preocupação com o andamento da apuração e empregou linguagem considerada agressiva em diálogos com o diretor de Tecnologia, Marcelo Munhoes, responsável pela condução da auditoria. O dirigente afirmou ao ge que não define regras de distribuição, que busca aprimoramentos nos controles, que utiliza materiais em ações institucionais, que não houve ameaças e que o relatório apresenta direcionamento.

Os dados mostram que sessenta e quatro por cento dos itens recebidos em 2025 foram destinados ao almoxarifado do Parque São Jorge, que atende o futebol feminino, as categorias de formação, outras modalidades, setores administrativos e o marketing. Já o CT Joaquim Grava recebe materiais para o elenco profissional masculino e para a diretoria.

A investigação também identificou notas fiscais somando seis milhões e quatrocentos mil reais que não foram registradas no sistema do clube entre 2024 e 2025. O relatório afirma que a ausência desses lançamentos compromete o controle interno, distorce saldos e expõe o Corinthians a riscos fiscais.

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