Éder Militão abriu o coração em entrevista coletiva nesta quarta-feira e revelou um dos momentos mais difíceis de sua carreira. O zagueiro do Real Madrid e da Seleção Brasileira admitiu que chegou a pensar em parar de jogar futebol após sofrer, em novembro de 2024, a segunda ruptura de ligamento cruzado anterior no joelho direito. Um ano antes, ele já havia enfrentado a mesma lesão, mas no joelho esquerdo.
“Foram dois anos muito difíceis, com duas lesões complicadas”, contou Militão. “Na segunda, passaram muitas coisas pela minha cabeça. Pensei em parar de jogar bola, porque não é fácil. Mas com a ajuda da minha esposa, da minha filha e dos companheiros, hoje estou aqui para jogar bem.”
O defensor lembrou que o processo de recuperação exigiu força mental e apoio familiar:
“Na segunda lesão, você encara de outra forma, já sabe o processo. Não é fácil lidar com isso. Tem que estar muito apegado à família, a Deus… É algo que te tira da rotina, do que está acostumado a fazer. De repente, você depende de ajuda pra tudo. Graças a Deus, me recuperei e voltei a um grande nível”, completou.
Com 62 convocações, 35 jogos e dois gols pela Seleção, Militão recebeu o primeiro chamado de Carlo Ancelotti desde que o treinador assumiu o comando da equipe. A dupla tem uma história vitoriosa no Real Madrid, com conquistas nacionais, europeias e mundiais. Mesmo assim, o zagueiro garante que nada será fácil.
“Vou ter que correr atrás do meu espaço. Temos ótimos jogadores, ótimos zagueiros. O Ancelotti deixou claro que quem jogar precisa estar 100%, bem fisicamente. Vai depender de mim. Se eu estiver bem no clube e no dia a dia, vou corresponder ao que ele quer”, destacou. “Por tudo que já ganhou, ele sabe administrar bem o vestiário. É um cara próximo, que dá importância a todos do grupo, estejam jogando ou não. Pela vivência que tem, ele sabe lidar com isso como poucos”
Recuperado e em alta, Militão volta a vestir a camisa da Seleção Brasileira nos amistosos desta Data Fifa. O Brasil enfrenta a Coreia do Sul nesta sexta-feira (10), às 8h (horário de Brasília), no Estádio da Copa do Mundo de Seul, e o Japão na próxima terça-feira (14), às 7h30, no Estádio de Tóquio.