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Flávio Bolsonaro defende a anistia total incluindo o seu pai ex-presidente do Brasil

Nesta terça-feira (16), o senador Flávio Bolsonaro se manifesta sobre a condenação do pai e faz críticas ao ministro Alexandre de Moraes, classificando a situação como um “grande teatro”. É comum que, em momentos de visibilidade, como a internação de uma figura pública, haja também declarações e posicionamentos políticos por parte de seus familiares.

Segundo o parlamentar ele acredita que o ex-presidente não cometeu erros e não poupa as palavras ao defender o pai e criticar o ministro do STF e descreve a defesa de Bolsonaro como “correto” e “honesto”, e a condenação como um “grande teatro” orquestrado, alegando que houve invenção de crimes e distorção da legislação. Essa é uma acusação muito séria, direcionada diretamente ao ministro e ao processo judicial.

Pedido de anistia

O pedido de anistia que o senador Flávio faz ao Congresso é um movimento político bastante significativo, a anistia, de forma geral, é um ato que perdoa crimes ou infrações, extinguindo as punições. E quando o parlamentar menciona que o Congresso tem “competência exclusiva” para isso, ele está se referindo ao papel do Poder Legislativo em aprovar leis que podem conceder essa anistia. É uma forma de tentar reverter as consequências legais das condenações.

A fala do senador também revisita a percepção de que as ações do ministro do STF teriam “desequilibrado” a eleição de 2022, o que adiciona mais uma camada à narrativa política que ele e seu grupo defendem. É um posicionamento que, sem dúvida, vai gerar bastante debate e repercussão no cenário político. É principalmente um momento de muita tensão e diferentes narrativas se confrontando, especialmente com o ex-presidente no hospital e essas declarações revisitadas.

Críticas e posicionamentos

A crítica que o senador faz ao ministro Cristiano Zanin é bem direta, e acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil de ter mudado de postura drasticamente. E faz uma breve reflexão lembrando que, como advogado de Lula, Zanin era bastante vocal sobre nulidades processuais e questões como foro e suspensão de juízes.

Agora, como ministro, Flávio sugere que Zanin não estaria aplicando os mesmos princípios ou, pior, estaria agindo “a serviço do Lula”. Essa é uma acusação séria de parcialidade e é uma estratégia política para deslegitimar as decisões do ministro, especialmente considerando seu histórico com o atual presidente e chamar o que aconteceu de crime impossível e dizer que não tinha a menor possibilidade real de ter golpe de nada que é uma forma de minimizar a gravidade dos atos e desqualificar as acusações de tentativa de golpe de Estado. A ideia de “crime impossível” no direito se aplica quando a consumação do crime é impossível por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto.

Ao usar essa argumentação, o parlamentar busca descaracterizar a intenção e a capacidade de causar dano aos envolvidos, pavimentando o caminho para a anistia. É uma narrativa que contraria bastante a interpretação que o judiciário e grande parte da sociedade têm sobre os eventos daquele dia, e é um cenário político bem complexo e cheio de tensões, com essas declarações adicionando ainda mais lenha na fogueira, especialmente com o pai dele internado.

Foto: Gustavo Minas/Reprodução/Getty Images Embed

 

 

 

 

 

 

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Elaine Rodrigues
Elaine Rodrigueshttp://realnews.com.br
Elaine Rodrigues é estudante de Jornalismo pela Universidade Anhanguera, com dedicação à produção de conteúdos precisos, claros e socialmente relevantes. Sua atuação é guiada pelo compromisso com a verdade e pela valorização de vozes que muitas vezes não encontram espaço na mídia tradicional.
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