O Internacional está fora da Copa do Brasil 2025. E saiu da pior forma possível: apático, previsível e com um futebol melancólico. A eliminação nas oitavas de final para o Fluminense escancarou não só a fragilidade técnica do elenco, mas também os erros repetitivos da comissão técnica e da diretoria. Foi um fracasso coletivo.
A verdade é que, em nenhum momento, o Colorado deu sinais de que brigaria pela vaga. Perdeu o primeiro jogo de forma deprimente, dentro do Beira-Rio, diante da sua torcida, vendo o time de Renato Portaluppi jogar como se estivesse em casa. No Maracanã, até tentou algo, foi um pouco melhor em comparação ao desastre da ida, mas ainda assim não superou um Fluminense que soube controlar o jogo com o regulamento debaixo do braço.
Erros que custam caro
A desclassificação veio por uma sequência de erros infantis. No primeiro jogo, uma falha grotesca de Thiago Maia. No segundo, um vacilo inacreditável de Ronaldo, que entrou no lugar de Richard após uma concussão. E mais uma vez, o Inter mostrou que sofre de uma “Fernandodependência”. E a direção, lenta como de costume, não agiu para suprir a ausência de um jogador que não volta mais nesta temporada.
Roger Machado precisa ser mais ousado
O técnico Roger Machado também tem sua parcela de culpa. E ela é grande. Ele insiste em peças que já deram claros sinais de que não rendem mais. Por que manter Thiago Maia e Wesley, que não conseguem entregar o que o time precisa? Por que não dar mais chances a Luís Otávio, formado no Celeiro de Ases? E, principalmente: até quando Ricardo Mathias vai continuar entrando só no fim? O garoto é o único centroavante de origem do elenco e precisa de sequência, precisa ser preparado para assumir a bronca, não ser usado como última cartada.
E há algo que salta aos olhos: o Inter voltou da parada para a Copa do Mundo de Clubes fisicamente pior. O Fluminense, que jogou o torneio inteiro, não teve intertemporada nem férias, e está muito melhor fisicamente. Como explicar isso?
Direção omissa e sem criatividade
A diretoria também precisa ser cobrada. Falta ambição, planejamento e principalmente… criatividade. D’Alessandro, atual diretor de futebol, foi claro ao dizer que o clube não tem dinheiro e que não vai fazer loucuras. Ok, é compreensível. Mas, então, que seja criativo. O problema é que o Inter não tem sido criativo há tempos. As contratações são apostas que não correspondem minimamente ao nível exigido em competições como Copa do Brasil e Libertadores.
Jogadores desconectados da grandeza do clube
O elenco parece desconectado do tamanho do Internacional. Não há intensidade, não há força física, falta entrega. É corpo mole em todas as divididas. Onde foi parar aquele time invicto por 16 jogos no início do ano, que incomodava o Brasil todo?
Hoje, falta sinergia. Falta espírito. Falta futebol.
E uma resposta precisa ser dada com urgência. Porque o próximo desafio é gigante: o Flamengo, pelas oitavas de final da Libertadores. E se esse mesmo Internacional entrar em campo no Maracanã, o torcedor colorado já sabe o final da história.