Na última segunda-feira (15), o ator Wagner Moura comenta sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais aliados no STF, e relata que o Brasil virou referência de democracia até para os Estados Unidos. O mundo olha para o Brasil como exemplo de democracia através do julgamento sobre a tentativa de golpe de estado, e o artista ainda declara que os americanos sentem “quase inveja” da atual condução da política brasileira.
Para o artista Wagner Moura o Brasil julga crime contra a democracia enquanto os EUA vivem uma crise e relata que os brasileiros estão no momento de fortalecimento das instituições com o julgamento do Supremo Tribunal Federal, e que hoje estamos vendo as instituições funcionando e um crime contra a democracia sendo julgado pelo STF.
Democracia para o mundo
Através da citação que está sendo bem interessante do ator, destaca a percepção de que o Brasil através do julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, estaria se posicionando como um modelo de democracia para o mundo, em particular para os Estados Unidos, que tem suas próprias questões políticas sob a liderança de Donald Trump. E que é uma perspectiva bem forte, ressaltando a importância de como as instituições democráticas brasileiras estão lidando com esses processos, e como isso pode ser visto de fora. É sempre legal ver como figuras públicas se posicionam sobre temas tão relevantes.
Complementando a ideia de que o Brasil está dando um bom exemplo, o artista declara que, ao ver as instituições brasileiras funcionando e julgando “um crime contra a democracia” no STF, se sente mito orgulhoso com uma “sensação boa”. E com uma observação que compreende com maior facilidade, demonstrando resiliência democrática, aos americanos, que foi realmente o que o artista sentiu quando a obra passou nos festivais dos EUA e ainda deixou o próprio país com uma sensação de desânimo em relação à própria democracia. É uma inversão de papéis interessante, onde o Brasil se torna o modelo em um aspecto tão fundamental. O ator realmente está batendo na tecla da força das instituições brasileiras nesse contexto.
O Agente Secreto
A obra aborda questões como o abuso de poder e ameaças à democracia e faz uma análise profunda do cenário político e cultural do Brasil, e o real contexto do Filme deixa claro que “O Agente Secreto” nasceu de um período bem turbulento para a cultura, a academia e a imprensa brasileira, que foram bastante atacadas e desvalorizadas durante o governo Bolsonaro. Isso explica muito da carga política e social que a obra deve carregar, e é como se o filme fosse uma resposta ou um reflexo desse tempo.
Apesar de tudo, o artista expressa um grande orgulho do Brasil de hoje, das instituições e da democracia, e isso reforça a ideia anterior mencionada sobre o país ser um exemplo. E que realmente costura uma narrativa onde o Brasil, apesar de ter passado por momentos difíceis, está agora num caminho de reafirmação democrática e de busca por justiça histórica. É uma visão bem otimista, mas com os pés no chão sobre os desafios que já enfrentamos.
A crítica à Lei da Anistia é um ponto crucial, declara o ator, que vê como algo que “mais fez mal ao Brasil” por perdoar crimes gravíssimos cometidos durante a ditadura. É uma declaração forte e ressoa com muitos debates sobre justiça de transição e memória histórica no país. E, por fim, essa frase é linda e poderosa: “É tão bonito ver que hoje, finalmente, o Brasil está reencontrando-se com sua memória”. Wagner Moura está sugerindo que estamos num momento de reflexão e acerto de contas com o passado, o que é fundamental para construir um futuro mais justo e consciente.
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