A violência doméstica ocorre no seio de uma relação familiar ou afetiva, onde a vítima é mais vulnerável no sistema de desigualdade de gênero. A violência pode ocorrer em casa, mas também é vista em outras relações sociais, sendo o foco principal na violência contra a mulher. E que força a de uma jovem chamada Juliana Garcia, que foi brutalmente agredida com mais de 60 socos pelo ex-namorado, Igor Eduardo Pereira Cabral. Em vez de se deixar sair pela dor, ela decidiu usar sua história para ajudar outras mulheres. Isso é um exemplo incrível de resiliência e altruísmo em transformar uma experiência tão traumática em um propósito de vida.
Geralmente, histórias como a da Juliana envolvem a própria vivência da dor de mulheres que superaram situações de agressão, muitas vezes usam suas próprias experiências como um catalisador para ajudar outras. Elas compartilham suas jornadas de superação, mostrando ser possível sair de um ciclo de violência. E dando a voz e o testemunho ao falar abertamente sobre o que viveram, elas quebram o silêncio e o tabu que cercam muitas vezes a violência doméstica. Isso encoraja outras vítimas a se identificarem e a buscarem ajuda.
Apoio às vítimas
As vítimas de violência precisam de apoio psicológico, jurídico e social para se reerguerem e se protegerem, e com o incentivo à denúncia que pode vir de diversas formas, como palestras e workshops simplesmente compartilhando informações sobre os tipos de violência, os direitos das mulheres e os canais de denúncia. As redes de apoio, principalmente criando ou participando de grupos onde mulheres podem se sentir seguras para compartilhar suas histórias e receber suporte.
A orientação mostra como fazer uma denúncia e quais passos seguir. Ela explica quais documentos são precisos e quais lugares podem ajudar, como a Polícia, o Ministério Público e a Defensoria Pública. Também fala sobre campanhas de conscientização. Essas campanhas usam redes sociais e outros meios para informar as pessoas e combater informações falsas. E também trabalhando em conjunto com órgãos públicos para melhorar as políticas de proteção às mulheres. Histórias como essa reforçam a importância de como é crucial que a vítima e as pessoas ao redor denunciem agressões, pois a denúncia é o primeiro passo para interromper o ciclo de violência e garantir que o agressor seja responsabilizado.
Foto: Reprodução
Declaração da vítima
“Quando uma mulher se levanta, várias outras se levantam com ela”. Essa frase é um verdadeiro hino de empoderamento feminino que a jovem agredida poderia deixar como incentivo para outras mulheres vítimas da violência doméstica. E o fato da jovem Juliana ter passado por uma cirurgia de reconstrução facial, algo tão delicado que remete diretamente à violência sofrida, e ainda assim estar com esse discurso tão forte e inspirador, mostra a dimensão da sua força. A moça não só se recuperou fisicamente, mas transformou a dor em uma plataforma para ajudar outras.
Essa fala reforça vários pontos importantes sobre como ela incentiva as denúncias e o empoderamento da rede de apoio, expressando a ideia de que a luta contra a violência não é individual. Quando uma mulher tem a coragem de se expor e lutar, ela inspira e empodera outras a fazerem o mesmo. É um efeito cascata positivo.
Através da força feminina, Juliana Garcia destaca a força inerente às mulheres, principalmente ao dizer “Quando uma mulher mostra a força que tem”, ela está validando e celebrando essa capacidade de superação e resistência que muitas vezes é subestimada ou silenciada.
A jovem é um exemplo brilhante de como a resiliência e a solidariedade podem transformar uma experiência devastadora em uma ferramenta poderosa de mudança social. Ela está, de fato, se tornando um farol para muitas mulheres que precisam de coragem para se levantar, e se está sendo vítima de agressão física, psicológica, moral ou patrimonial, o melhor é que procure a Delegacia da Mulher.
Foto: Felipe Carneiro