Nesta quarta-feira (10), às 21h30, o Grêmio enfrenta o Palmeiras em São Paulo, jogo válido pela quinta rodada do Brasileirão. Até aqui, o Grêmio ocupa a sétima posição na tabela, com 7 pontos conquistados. No último domingo, contra o Bragantino, na Arena, o tricolor deixou a vitória escapar no apagar das luzes, após a falha ridícula do lateral-esquerdo Diogo Barbosa, que teve mais uma atuação desastrosa.
Nesse começo de Brasileirão, o Grêmio não conseguiu nem chegar perto das atuações que teve no Campeonato Gaúcho, quando a equipe liderou com sobras a primeira fase e venceu a competição com apenas uma derrota. Nessa campanha, o time apresentou um futebol envolvente, de muita movimentação, alternância de posições, boa intensidade e troca de passes com velocidade. Porém, o time terminou o Gauchão e começou o Brasileiro com muitos desfalques, e isso pesou no desempenho técnico e tático do time. Renato tentou algumas alternativas com o que tem em mãos, mas ainda não conseguiu ter o desempenho apresentado anteriormente.
No decorrer do Gauchão, eu vinha comentando que o técnico Renato havia encontrado uma forma do time jogar e que o time não estava totalmente pronto para uma disputa de Brasileirão. Obviamente, com os desfalques, esses problemas aumentaram. É nítida a falta que a equipe sente do meia Pepê. Ele foi um dos jogadores que deu dinâmica e qualidade na saída de bola do time. À frente dele, Cristaldo, Bitello e Vina davam movimentação e alternância tática, e isso foi um dos grandes pontos do time. Mesmo com esse acerto, o Grêmio, sem a bola, era vulnerável pelo setor de meio-campo. Quando atacado, deixava espaços para seus adversários, que, por não terem qualidade, não aproveitavam da melhor forma. Com o começo da Série A e somados os desfalques, esse problema ficou mais evidente.
Por isso, penso que mesmo com a volta de alguns jogadores, o técnico Renato terá que repensar a ideia dos três meias. Um deles, na minha opinião, deve sair, no caso o meia Vina. Tudo porque nos últimos jogos tenho notado nesse atleta uma dificuldade em recompor, não porque ele, Vina, não quer, e sim porque ele não é jogador dessa posição e não é um atleta de alta intensidade. O Vina é um jogador que precisa ser aproveitado como meia central, por ter um bom passe e bom chute de média distância. Por isso, penso que o grande problema do Grêmio é quando não tem a bola. É muita gente para atacar e pouca gente para defender. Renato vai ter que pensar em uma nova forma do time se defender.
Texto: Gustavo Guedes
Foto: Lucas Uebel / Grêmio
