Um dos períodos mais reflexivo de nossa rotina e existência são as festas e comemorações de final ano. É inegável o balanço que fazemos no final de cada ciclo de nosso calendário ocidental, as pessoas fazem um pouco de tudo, de acordo com suas crenças e culturas, pular ondinhas, usar cores específicas, comer lentilhas, montar mesas com 7 frutas e todas aquelas superstições que adotamos na fé de dias melhores.
Em dezembro, as pessoas naturalmente estão mais sensíveis às questões sociais, caridosas e praticam a empatia, quando possível há colaborações e doações de todas as maneiras. Essas atitudes são limitadas – infelizmente – ao mês de dezembro, mesmo assim tem uma alta relevância na vida de quem recebe, seja uma “feliz natal”, como aquelas pessoas e famílias que são contempladas com doações de brinquedos e alimentos – acredite faz toda a diferença!
A fé e a esperança são sem dúvida as maiores ferramentas que temos contra as adversidades que passamos, seja qual for a crença do indivíduo, o ser humano não consegue viver sem a fé ou credo em algo imaterial, que nos faz acreditar em dias melhores e na utopia de uma vida plena sem dificuldades, principalmente quando vivemos em situação de desigualdade e injustiças sociais.
Na fé de dias melhores, cresci assistindo minha família organizando o dezembro de cada ano. No meu caso, quando era criança, o que mais esperava era as festas da empresa em que minha mãe trabalhava, um momento mágico para todas as crianças era a chegada do Papai Noel, depois de uma refeição abundante e um parque de diversões (liberado!) para aquele grupo de crianças, filhos e netos dos empregados daquela empresa – Saudades de quando as empresas tinham um conceito de família na relação com seus funcionários, coisa rara hoje em dia! – Durante aquela festa de final de ano, crianças que nunca se viram tornam-se melhores amigos, compartilham brincadeiras e viviam plenamente aquele dia festivo, durante um bom tempo esse foi o meu dezembro, assim como de muitas crianças que cresceram junto comigo naquela época, tempo bom!
Mas, sem perceber, a infância passa rápido, por mais difícil que seja a realidade de cada pessoa, nesses dias de luta e sobrevivência, o que fica do encerramento de cada ano é aprendizagem e superação. Para o ano vindouro, a expectativa é sempre de conquistas e prosperidades, crescimento pessoal, espiritual, individualmente e para o coletivo. Acreditar em dias melhores é um sentimento natural em todos nós, mais forte na infância é verdade, mas devemos cultivar e incentivar que se estenda para fase adulta, as dificuldades jamais devem superar a vontade e esperança.
Desejo a todos que acreditem, que um mundo melhor é possível, que esse mundo está dentro de cada um. Um excelente 2024, e que dentro da possibilidade possamos comemorar a superação de 2023, com nossas famílias e pessoas queridas, pular as ondas, comer lentilhas, uvas, vestir branco ou amarelo, rezar, orar, jogar flores no mar, enfim faça aquilo que lhe faz bem, construa seu incentivo para seguir em frente.
Muita luz a todos.
Essência
As mudanças na canetada
O governo federal prepara mais um lançamento de seus projetos eivados de mídia e apoio de artistas contratados, tendenciosamente, a tentativa agora é incentivo ao cadastro dos celulares da população, com o falho argumento de segurança do aparelho contra o roubo e furto – espero realmente que não tenha pessoas acreditando nisso! Muda governos mas não muda a regra, o uso indiscriminado de verbas públicas para fazer propagandas das mais variadas formas, expondo números positivos para a população, que nunca fazem sentido com a realidade que vivemos.
Além disso, o Brasil é o laboratório mais fertil para teorias de controle social, afinal no geral somos pacatos e obedientes – culpa também do flúor excessivo que consumimos sem saber, mas isso é outra história! – Nicolau Maquiavel, estaria orgulhoso de como sua obra “O Principe”, foi entendido e aplicado.
Com dados do recente alterado IBGE com novas indicações, o governo ainda fará um balanço de dados positivos de sua gestão, distantes do que se vê na prática, mas serão abonados por especialistas, imprensa e influenciadores de jovens mentes alienadas pela telinha dos celulares, os mesmos que estarão cada vez mais monitorados.
Desafios para 2024
No nosso RS, o governo do Estado apresentou um balanço positivo das medidas adotadas e obras entregues à população gaúcha. Mesmo com a recente pausa que o Piratini teve, em relação a proposta de aumento do ICMS, o governo Leite saiu bem na gestão de 2023, debatendo sobre pautas polêmicas e fazendo reformas e inovações necessárias.
O governador terá que enfrentar o desafio fiscal para 2024, frente a mudança da reforma tributária aprovada, talvez a medida para mudança do ICMS teria sido precoce, uma vez que a necessidade de atualizar o tributo gaúcho é inevitável, contudo a população deve primeiro entender, que a proposta é o melhor caminho para o equilíbrio das contas e continuidade dos investimentos.
Uma cidade cansada e sem paz
Canoas está sob uma má lua, a cidade não tem paz, seja por conta da vergonhosa briga política que castiga o cidadão com falta de projetos e gestão, seja pela citação de cidade mais violenta que o Rio de Janeiro – frase citada pelo autor do Livro Elite da Tropa, Rodrigo Pimentel que viralizou nas redes – seja ainda, no vai e vem do prefeito eleito, ou na consequente de mudança dos servidores do executivo, prejudica a cidade que já não tem funcionado nessa desastrosa gestão.
Recentemente com a posse do vice-prefeito em exercício, a cidade pelo menos passou a receber mais atenção no setor de serviços prestados, como limpeza pública e assistência social, aliás um ponto positivo em relação ao atual vice-prefeito em exercício é a escolha técnica dos secretários para assumir a assistência social, obras e educação, o que deveria ter acontecido desde o início, assim como a promessa de foco na saúde, que se tornou um verdadeiro descaso com a população.
Em relação a saúde, foi notícia também, mas nenhuma novidade para o ciclo político de Canoas, a mudança radical de sigla e filosofia do Ex-auto-intitulado “braço direito” do prefeito afastado Jairo. O fato não é isolado, mesmo porque daqui pra frente as convicções começarão a ficar menores, com as trocas de siglas e grupos por alguns políticos canoenses.
O que se percebe atualmente é que a política na cidade da praça do avião é regida pelo oportunismo e falta de fidelidade, o que demonstra claramente que a situação que a cidade vive já era previsível, com essa classe de políticos que a população mais carente insiste em reeleger, sem perceber que a consequência é prejudicial a todos.
Esperamos um 2024 melhor, uma gestão e políticos melhores, para todos.
