Nesta quarta-feira (15), o triplo homicídio ocorrido em Ilhéus, no sul da Bahia, completa dois meses. A falta de respostas sobre o caso tem causado indignação entre familiares e moradores da região.
As investigações seguem em andamento e incluem a análise de imagens de câmeras de segurança registradas nas proximidades do local do crime. O material está sendo periciado pelo Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador. O objetivo é reconstituir o contexto do crime e compreender a dinâmica da ação.
As vítimas — Alexandra Oliveira Suzart, de 45 anos, Maria Helena do Nascimento Bastos, de 41, e Mariana Bastos da Silva, de 20 — eram mulheres cristãs e cheias de planos para o futuro. Mariana era universitária e, assim como as demais, foi encontrada sem vida, com marcas de golpes de arma branca, em uma área de mata na Praia dos Milionários, ponto turístico conhecido da cidade.
Dez dias após o crime, Thierry Lima da Silva confessou ter assassinado as três mulheres, alegando ter agido sozinho durante uma tentativa de assalto. Apesar da confissão, os laudos do DPT não encontraram material genético do suspeito nas unhas nem nas partes íntimas das vítimas.
Os peritos também afirmaram que não foi identificado DNA do acusado nem das vítimas nas três facas apreendidas após o crime — o que, segundo os investigadores, não descarta completamente a participação do suspeito.
Thierry segue preso, enquanto a Polícia Civil tenta localizar possíveis outros envolvidos. As autoridades aguardam ainda a análise de cerca de 700 vídeos coletados, que podem auxiliar no avanço das investigações.
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