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Três agentes da Polícia Civil estavam envolvidos em esquema de tele-entrega de drogas

A Polícia Civil deflagrou  na manhã desta quarta-feira (30), a operação ERGA OMNES nas cidades de Porto Alegre, Taquara, Xangri-lá, Tapes, Osorio, Santa Cruz do Sul, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Eldorado e Capão da Canoa. Foram mais de 12 meses de investigação, sendo possível constatar um esquema organizado de tele-entrega de entorpecentes em Porto Alegre e região metropolitana que lavava dinheiro com empresas de fachada.

Foram 300 policiais civis do Denarc, em 100 viaturas, com apoio da CORE que deram cumprimento a mais de 350 ordens judiciais, sendo 43 de prisão, 54 de busca e apreensão, bloqueios de conta, sequestro de bens e quebras de sigilo.

A investigação iniciou após uma série de prisões efetuadas que permitiram delimitar o esquema é as funções de todos os membros do grupo. Foi possível contatar pessoas com alto poder aquisitivo participando ativamente da organização criminosa, como advogados, contadores, empresários, bioquímicos e policiais civis.

Três agentes foram presos em operação da Corregedoria-Geral realizada em 2018 e cujos resultados surgiram agora.

Conforme apontaram as investigações do Ministério Público e da Corregedoria-Geral da Polícia Civil em 2018, os agentes mantinham conversas por aplicativo de celular com um dos chefes da telentrega (que foi preso nesta quarta-feira).

Um dos policiais do Denarc que foi preso guardava, no porta-malas da viatura policial que utilizava, uma pistola e um revólver com numeração raspada e mais de 40 porções de cocaína. O comissário foi condenado, apesar de dizer que a droga era para consumo próprio, porque ele seria dependente químico. Os outros dois agentes foram absolvidos.

O Delegado Gabriel Borges, titular da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, destaca que foi um duro golpe ao crime organizado, desarticulando um grupo criminoso que atua há pelo menos uma década.

O Delegado Alencar Carraro, Diretor de Investigações do Narcotráfico, ressalta que o resultado é fruto de um intenso trabalho de investigação, atacando as lideranças do crime organizado e o patrimônio oriundo do tráfico de entorpecentes.

A investigação prossegue para identificar e responsabilizar criminalmente os demais integrantes do grupo criminoso. Até o momento, 32 pessoas foram presas.

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