Caros leitores nos pensamentos desta semana não pude me silenciar quanto as atitudes em tom políticos -policiais ocorridas em São Paulo na semana passada, lógico que estou me referindo a destruição de um bem público e no caso em tela a Estátua de Borba Gato.
Tenho como premissa que a liberdade de expressão tem que ser respeitada assim como as diferenças ideológicas, mas desta vez quanto a falta de compromisso de zelar pelo bem público do grupo de manifestantes promovendo destruição sob o argumento histórico equivocado, tal liberdade de expressão perdeu a sua eloquência para ser vandalizada em banal circunstância.
Primeiramente não podemos alterar a história pautada nas novas convenções sociais e comportamentalmente instituídas ao mundo moderno, se assim fosse teríamos que culpar a nós mesmos pela nossa evolução conforme a escala de Darwin, pois, o modo primata parece renascer diante de tantos equívocos e ações que não levam a lugar nenhum ao não ser em um aumento de antipatia ao movimento que quer se expressar mas sem saber como.
Por ironia tal ato de vandalismo me fizeram lembrar do Talibã, que destruiu grandes monumentos arquitetônicos do mundo, como os existentes em Palmira na Síria , lugar este de antigo berço da civilização, diferente das manifestações do passado onde também tivemos destruição de símbolos como no Iraque após Saddam Hussein e Moscou após a Perestroika e assim explico; nos casos anteriores tentou se apagar um sofrimento sem imposição histórica muito diferente da nossa situação onde já algum tempo deturpamos a nossa história cultural procurando culpados que não existem, tal ato onde se apresenta acortinado de uma intenção política de protesto e antiprogresso tem o radicalismo dos desacertos como verdadeiros fossem e concluo,pois, agem de modo igual ao Talibã que prega a incultura, desvalorização da mulher e é antissemitista a todos,ou seja , tudo contrário ao discurso que esse pequeno grupo clama em atenção na sua curta agenda.
Sim amigos, caso aceitássemos a versão que os Bandeirantes são culpados no nosso passado teríamos que processar os dependentes de Cabral por ter este nos descoberto .Lembramos que o passado tem que manter se vivo em referência aos dias atuais para não cairmos em situação de erro e glorificar os acertos que nos levaram adiante em progresso e como Nação.
O vitimismo criado e motivado etnicamente não pode ser propulsor de resgate que tanto se prega, esquecendo os avanços e espaços adquiridos no decorrer dos novos tempos.
Por fim, ao destruir monumentos, pichar nome de ruas, protestar pela legalidade de atos ilícitos, somente demonstram a grande falta de capacidade de utilizar se os fatos como exemplos do que não deve ser feito novamente; apelar pela ação radical não é somente ímpor ,mas se tornar refém de uma política que cerceia a manifestação e a liberdade, sendo antidemocrática e negacionista, sem direitos mas muitas obrigações. Acorde … o Novo Mundo já chegou.
Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político
Sobre : Eduardo na Política – Coluna voltada a reflexão política, definição de termos políticos e história política
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