Com a bola nos pés, Soteldo é habilidoso e criativo. Mas, no futebol moderno, talento sem disciplina e comprometimento é um luxo que o Grêmio não pode se permitir.
Talvez isso explique por que o Tricolor optou por não atender às exigências financeiras do Santos para sua contratação.
Soteldo é, sem dúvida, um jogador de qualidade técnica inquestionável. Sua habilidade para criar jogadas diferenciadas e atrair atenção é evidente. Contudo, sua trajetória revela uma característica intrigante: ele parece se destacar mais em times desorganizados taticamente. Nessas condições, seu brilho individual compensa o caos coletivo. Já em equipes bem estruturadas, como o Grêmio que Gustavo Quinteros buscará consolidar, esse estilo de jogo pode não se encaixar.
Além disso, uma questão paira no ar desde sua chegada: Soteldo realmente quis vestir a camisa do Grêmio? Sua postura em campo frequentemente sugere desconexão com o projeto do clube. Aliado a isso, seu salário elevado torna a relação custo-benefício bastante desfavorável.
Aplaudo a decisão do Grêmio de priorizar jogadores que combinam talento e responsabilidade. O futebol moderno exige mais do que habilidade individual; é preciso entender o valor do trabalho coletivo, da inteligência tática e do comprometimento. Infelizmente, Soteldo não demonstrou essas qualidades.
No Grêmio, talento por si só não basta. A equipe precisa de jogadores que sejam tanto estrelas quanto operários, prontos para se alinhar a uma filosofia coletiva. E Soteldo ainda não provou estar à altura dessa expectativa.
O Grêmio precisa de mais trabalho!
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