Quando foi decretada oficialmente a vitória de Lula me bateu um alívio. Não pela vitória em si do ex-presidente, mas pela derrota de tudo aquilo que o governo Bolsonaro representou nos últimos quatro anos. Bruno e Dom renasceram.
Acredito que essa seja a segunda ou terceira eleição que não comemoro. Pelo menos não sentido de euforia pela vitória do candidato que escolhi. Ainda que eu tenha, não nego, me emocionado com algumas falas do ex-presidente.
Penso que em nenhum momento pedi votos para o Lula nas minhas redes sociais (que chegaram ao pico de mais de 80 mil impressões, só últimos 28 dias de outubro), mesmo sempre deixando clara minha posição política.
Foi difícil lidar com esse tanto de gente. Apareceram pessoas de “todos os lados” e a maioria delas “armadas” para defender o governo. Algumas poucas, traziam argumentos questionáveis, mas ainda assim possíveis de debater.
Poucos perceberam – isso incluí pessoas próximas – que mesmo apoiando a candidatura de Lula sempre tentei trazer pontos importantes para o debate público. Sempre com o cuidado necessário para não correr o risco de publicar alguma informação inverídica.
Confesso que o que me deixou mais angustiado foi o distanciamento entre as pessoas e a realidade. Percebi que todos os fatos narrados exaustivamente pela imprensa durante os quatro anos de governo Bolsonaro, para uma maioria, não passavam de notícias inventadas para prejudicar o presidente.
Enfim, perto das 8 horas foi confirmada a vitória de Lula. Ouvi do quintal de casa em frente ao laptop (donde acompanhava a apuração pelo site do TSE) os fogos que confirmavam o que aqueles números me diziam. Por um momento, na minha cabeça tudo silenciou, e eu só pensava em Bruno Pereira e Dom Phillips.
Missão cumprida!