O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) mais uma vez age de forma oportunista, às vésperas de uma eleição municipal. A visita recente da direção do sindicato aos hospitais de Canoas e a UPA Rio Branco, onde relataram defasagem salarial e falta de insumos, levanta sérias dúvidas quanto à real motivação por trás dessas ações. Será que o Simers está a serviço de algum político? Porque, se é esse o caso, melhor que fechem as portas e concorram às eleições, já que parecem tão eficientes em apontar problemas, mas pouco interessados em resolver o que denunciam.
Essa não é a primeira vez que o sindicato usa a saúde de Canoas como palco de sua politicagem. Algum tempo atrás, o Simers promoveu um possível boicote ao município. O então vice-presidente admitiu ao vivo que os médicos não iriam trabalhar sem remuneração, como se a saúde pública fosse uma questão de interesses corporativos e não um serviço essencial. Agora, em um cenário de eleições, o sindicato volta a focar nos problemas da saúde, como se sua missão fosse fazer política.
É irônico como as visitas e “notinhas” do Simers sempre parecem surgir em momentos convenientes. O discurso alarmista, como o que está sendo feito agora em Canoas, acusa uma gestão municipal de ineficiência e pede respostas imediatas, mas não apresenta uma única solução concreta. Fazer denúncias de dentro de um escritório com ar-condicionado é fácil; o difícil é agir.
A gestão de Canoas, através de sua Secretaria Municipal de Saúde, trouxe a verdade à tona e esclareceu que os salários dos profissionais CLT dos três hospitais estão em dia. No caso dos médicos Pessoa Jurídica, a SMS e a direção hospitalar acordaram os pagamentos, metade já quitada e o restante agendado para breve. Além disso, a prefeitura garantiu que todos os hospitais estão abastecidos de insumos e que a UPA Rio Branco está operando normalmente. Fica a pergunta: por que a urgência e o alarde do Simers se a prefeitura já está resolvendo os problemas?
É claro que a situação da saúde pública em Canoas precisa de melhorias, mas é inaceitável que uma entidade como o Simers se aproveite de momentos eleitorais para avançar agendas que parecem mais políticas do que sindicais. Se o sindicato quer realmente ajudar, que apresente soluções práticas ou, quem sabe, que seus líderes concorram a cargos públicos para fazer aquilo que tanto cobram dos outros. Usar a saúde como ferramenta de pressão política é desonesto com a população e desrespeitoso com os próprios profissionais que dizem defender.
Nota da Prefeitura de Canoas
A Secretaria Municipal de Saúde de Canoas informa que o salário de todos os profissionais CLTs dos três hospitais está em dia. Já em relação aos PJs individuais, a SMS e a direção dos hospitais entraram em acordo, junto com os representantes do corpo clínico. Para o Hospital Universitário e o Hospital de Pronto Socorro, 50% dos pagamentos foram realizados nesta terça-feira (1º) e a segunda parte será paga na próxima semana. Para os colaboradores do Nossa Senhora das Graças, a direção do hospital acordou internamente que parte dos valores fossem pagos nesta terça-feira (1º), enquanto o restante do pagamento será feito nos próximos dias. A SMS ainda reforça que todos os hospitais estão abastecidos de insumos. Em relação à UPA Rio Branco, não há atraso salarial de nenhum profissional. A estrutura foi reaberta para atendimentos na terça-feira (1º), com estrutura e equipamentos adequados para colaboradores e pacientes.
O espaço é democrático e aberto à todos.