Nesta última quarta-feira (4), a Câmara de vereadores aprovou um projeto de lei que proíbe o uso da linguagem neutra em escolas da capital gaúcha. O texto também veta o dialeto neutro, conhecido como linguagem não-binária.
No texto aprovado, as escolas devem usar a “língua portuguesa de acordo com as normas e orientações legais de ensino”, sendo obrigatório o uso das “normas e orientações estabelecidas nos termos da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pelo Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e pela gramática elaborada nos termos da reforma ortográfica ratificada pela comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP).”
O tema entrou na pauta da Câmara, ano passado após uma mãe acionar o vereador José Sangalli (Cidadania). Na época, a mãe reclamou que o filho recebeu ao menos três tarefas que os professores de história e geografia eram tratados como “alunxs” e “queridxs alunxs”.
Assinaram o projeto de lei os seguintes vereadores e vereadoras: Fernanda Barth (PSC), Comandante Nádia (PP), Alexandre Bobadra (PL), Ramiro Rosario (PSDB), Hamilton Sossmeier (PTB) e Psicóloga Tanise ( PTB).
Na justificativa dos autores, a linguagem neutra torna a língua impraticável fora do papel, já que os “x” e “@” são “impronunciáveis”. “Não é apenas uma confusão inofensiva. O uso da linguagem neutra prejudica inúmeras pessoas com problemas de dislexia ou problemas visuais. Da mesma forma, traz graves dificuldades ao processo de alfabetização, já que a noção de concordância, essencial ao nosso idioma, fica prejudicada.”