Vou deixar algumas perguntas para sua reflexão antes de toda historia. E se o racismo fosse praticado por alguém da administração pública? Se fosse praticado por alguém que cuida do dinheiro do servidor público? o que você amigo leitor pensaria desta pessoa? Se o indicado é indiciado por racismo, o contratante também seria? Durante esta leitura vamos eclarecer alguns fatos.
Rascimo, foi o que aconteceu com o Presidente do CanoasPrev. Pra quem não sabe o CanoasPrev é órgão responsável pela aposentadoria e plano de saúde dos funcionários. Um pergunta só eu gostaria de fazer ao presidente do CanoasPrev; quantos funcionarios negros a Prefeitura Municipal de Canoas tem?
Valter Nagelstein, presidente do CanoasPrev, foi indiciado pela Polícia Civil por crime de racismo nesta terça-feira (9). O inquérito é sobre um áudio em que ele afirma que os vereadores eleitos pelo PSOL são “jovens, negros, sem nenhuma tradição política, sem nenhuma experiência, sem nenhum trabalho e com pouquíssima qualificação formal”. Valter nega o crime.
A mensagem, enviada a amigos, foi vazada após a eleição municipal de 2020. O inquérito foi remetido ao Judiciário. Caso o Ministério Público apresente denúncia, e o Tribunal de Justiça aceite, Valter vira réu. Até a publicação desta reportagem, o MP ainda não havia recebido o indiciamento.
A Delegacia de Combate à Intolerância investigou o áudio, a partir de pedido do Ministério Público do RS. O requerimento teve como base uma representação do Movimento Negro Unificado, com a assinatura de cerca de 40 entidades e organizações civis.
“Para esse áudio, poderíamos trabalhar com a questão do racismo, e também com a injúria racial e discriminatória. A injúria se refere a práticas que atinjam a honra subjetiva da pessoa. E nesse áudio, ele não atingiu tão somente à honra dos vereadores, mas toda uma classe, uma categoria”, explica a titular da delegacia, Andreia Mattos.
“Fica muito claro no meu ponto de vista a própria questão do racismo estrutural”, ressalta.
Segundo a delegada, a polícia concluiu que Nagelstein cometeu duas das três condutas descritas no artigo 20 da lei 7.726, que considera crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.
“Além de ter praticado condutas racistas, ele, sendo uma pessoa publica, incitou à discriminação e ao preconceito de cor através da mídia social viralizada”, afirma Andreia.
Em depoimento durante o inquérito, ele disse à polícia que a intenção era comentar o cenário político, e negou que sua declaração fosse discriminatória.
Transcrição do áudio de Valter Nagelstein
Em primeiro lugar, muito obrigada, é o Valter que está falando, pelo apoio que tive. E rapidamente queria fazer duas ou três reflexões com vocês. A primeira delas, fica cada vez mais evidente que a ocupação que a esquerda promoveu, nos últimos 40 anos, da universidade, das escolas, do jornalismo e da cultura, produzem os seus resultados. Basta a gente ver a composição da Câmara, cinco vereadores do PSOL. Muitos deles, jovens, negros. Quer dizer, o eco aquele discurso que o PSOL fica incutindo na cabeça das pessoas. Pessoas, vereadores esses sem nenhuma tradição política, sem nenhuma experiência, sem nenhum trabalho e com pouquíssima qualificação formal.
INDICAÇÃO
Valter Nagelstein foi candidadto a prefeito pelo PSD em Porto Alegre, após ter perdido a eleição foi contratado pela Prefeitura de Canoas para assumir o CanoasPrev. Você cidadão e cidadã Canoense, pactua com isso? Tu te sentes representado com a nomeação de alguém que é indiciado por racismo? O que a Prefeitura tem a dizer sobre o caso? Será que ficará no cargo? São perguntas que nós jornalistas vamos esperar respostas deitados, mas são perguntas que o cidadão e a cidadã canoense deveriam perguntar nas ações como: Prefeitura na Rua, Prefeitura Aberta, Prefeito na Estação.
Agora você Servidor Público, cidadão e cidadã canoense pode responder; Se o indicado é indiciado por racismo, o contratante também seria?