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Respeite os autistas: eles não são doentes mentais, apenas nasceram com o transtorno do Espectro Autista (TEA)

Quando você enxerga uma criança hiperativa, muitas vezes ela é autista. Não julgue nem os familiares e muitos menos o pequeno que está fazendo bagunça e gritando. Já assisti cenas que a pessoa falou para uma avó de um autista, que a mãe não estava dando educação para ele, aquela vó foi super educada e disse: não é falta de educação, e sim autismo.

Outra coisa que percebo que as pessoas não entendem os autistas, eles não gostam da interação social. Então se seu filho não quer brincar com outras crianças da idade dele, faça que a mãe do menino ou menina distraia ele (a) com uma outra pessoa da mesma idade.

Seres humanos julgam até por um mínimo motivo, como estes que citei antes na matéria. Imagina quando outro humano agindo no impulso do momento, crianças, adolescentes ou adultos tem este comportamento. Não procure fazer chama-lo de doente mental, tente ajudar o familiar que está acompanhando este indivíduo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem graus que defini o autismo um do outro. Por exemplo o nível mais leve, chama-se asperger que torna a pessoa que possui o transtorno, agir de uma outra forma e tentar se adequar ao mundo “dos normais”. Já o severo e o moderado são mais fáceis de se reconhecer nos seres humanos, eles têm atitudes mais agressivas na maioria das vezes.

Algumas características do Transtorno do Espectro Autista (TEA):

Dificuldade para interação social, dificuldade com a linguagem e comportamento repetitivo e restritivo. Essas são as principais características de quem convive com o autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 70 milhões de pessoas em todo o mundo são autistas, com maior incidência no sexo masculino. As causas ainda não são determinadas. Porém, estudos apontam que diversos fatores tornam uma criança mais propensa a ter o TEA, dentre os quais destacam-se fatores genéticos e ambientais.

A coordenadora da Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Odília Brígido, explica que o termo espectro se deve ao fato de envolver situações e apresentações que variam quanto a intensidade dos sintomas, numa graduação que vai da mais leve à mais grave. 

Informações de abril de 2019, a partir das características das pessoas autistas são do site do Ministério da Saúde.

Autista moderado: Cristofer Schons completou 34 anos essa semana e oscila entre os graus moderado a severo. Quando ele tinha um ano e meio, a mãe notou que ele não acompanhava o mesmo desenvolvimento de outras crianças. Foi encaminhado ao neurologista e diagnosticado com Paralisia Cerebral, aos 7 anos o médico suspeitou do autismo. Ele tem algumas crises de irritabilidade quando é contrariado. É usado o diálogo, para acalmá-lo e dar carinho.

“No início foi bem difícil, pois nós mães quando descobrimos que nosso filho não vai ter a vida a qual sonhamos, se vive um momento de luto. Tudo no começo é novidade, mas aos poucos vai se adaptando, consultas quase todos os dias da semana, neurologista, psicóloga, etc”, conta a mãe de Cristofer.

Autista severo: Júlia Suzana Lucas Rodrigues, tem 11 anos. Os sintomas do autismo apareceram nela com dois anos. Ela não falava, não atendia pelo nome dela, ela brincava de forma diferente com os brinquedos, geralmente ela queria as caixas ao invés dos brinquedos. As crises que ela já teve foi de quebrar toda a casa, de morder de arrancar pedaço. Depois que começaram a medica-la com Cannabidiol, ela melhorou muito.

“Já tinha ouvido falar do Canabidiol. Eu queria muito tentar com a Júlia e eu fui para internet. Eu gravei um vídeo aí aonde, eu pedi ajuda de alguém que pudesse me ajudar com uma dose de Cannabidiol para que eu pudesse começar o tratamento com ela”, comenta mãe de Júllia.

Autista leve: Leonard Akira, tem 34 anos. Trabalha dando aula de Parkour e produz vídeos para YouTube para ajudar autistas e pais.

Entrevista no vídeo:

Para finalizar, vou deixar dicas de filmes e séries para vocês leitores da Rádio Real, entender melhor sobre o autismo e também se conscientizar e parar com o preconceito com autistas.

Filmes: Tudo que quero (2017), Farol das Orcas (2016), Um time especial (2011), Missão especial (2004) e Mary e Max – Uma amizade diferente (2009).

Séries: Touch – visões do futuro (2012), Pablo (2017), The a word – a vida com Joe (2016), The Good Doctor (2017) e Atypical (2017).

Pensamento de um autista

“Eu sou estranho, eu sou novo.

Eu me pergunto se você também é.

Eu ouço vozes no ar.

Eu sei que você não, e isso não é justo.

Eu quero não me sentir triste.

Eu sou estranho, eu sou novo.

Eu finjo que você também é.

Eu me sinto como um garoto no espaço sideral.

Eu toco as estrelas e me sinto fora do lugar.

Eu me preocupo com o que os outros possam pensar.

Eu choro quando as pessoas riem, isso me faz encolher.

Eu sou estranho, eu sou novo.

Eu entendo agora que você também é.

Eu digo “me sinto como um náufrago”

Eu sonho com um dia em que isso esteja bem

Eu tento me encaixar

Eu espero que algum dia eu consiga

Eu sou estranho, eu sou novo”.

Benjamin, 10 anos, autista.

Ilustrações dos nossos personagens da matéria, produzidas pelo Claudio Livonius Feijo.

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