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Residência médica: o que vem aí e como se preparar?

Prova possui mais de uma etapa, e rotina otimizada de estudos pode ajudar

Se engana quem pensa que depois da graduação em medicina é atingido um ponto de chegada. Após a formatura e o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), o profissional pode atuar apenas como médico generalista em consultórios ou outras unidades de saúde, e só consegue trabalhar como especialista após concluir a residência médica.

A residência é também uma oportunidade de aprendizado com médicos e médicas de alta qualificação, e, para fazer parte dela, é preciso resolver uma prova que gera muitas inseguranças. Uma delas é que muitos estudantes em preparação não sabem muito bem o que esperar.

Não é tão complicado, porém, se o futuro residente mantiver uma mentalidade focada para ingressar na especialização e, a partir disso, organizar uma rotina de estudos que beneficie a aprovação. 

O que esperar?

A prova é dividida em duas etapas principais. A primeira delas é uma prova teórica, indispensável em qualquer processo seletivo. O conteúdo que cai na prova são questões relacionadas às cinco maiores áreas da medicina: cirurgia geral; pediatria; medicina preventiva e social; clínica médica; e obstetrícia e ginecologia. 

Para cada área, espera-se que haja 20% das questões, totalizando cerca de 100, que podem ser resolvidas em tempo estimado entre quatro e seis horas. É possível encontrar mais ou menos questões, com diferentes formas de preenchimento, por isso é necessário fazer uma leitura aprofundada dos editais das instituições que oferecem prova para residência, como o edital da UFCSPA ou da UFRGS, por exemplo.

Em algumas instituições, costuma ocorrer também uma prova prática. Nela, o candidato a médico especialista é testado em relação ao atendimento de casos reais, incluindo aqueles típicos de urgência e emergência. Estes casos são divididos por “estações”, cada uma correspondendo não só a um caso diferente, como a uma área distinta. 

A segunda etapa pode também ser a de entrevista e análise de currículos, na qual os candidatos são convocados a destacar pontos relevantes de experiências anteriores e como tudo isso agregou à profissão. 

Preparação

Devido ao conteúdo ser tão vasto, é preciso reconhecer que não é possível estudar absolutamente todos os pontos das áreas cobradas. É preciso montar uma rotina de estudos priorizando aquilo que tem mais peso, conforme o edital da instituição desejada.

É preciso otimizar a rotina para aumentar a produtividade, dividindo o tempo entre os estudos e as tarefas diárias. No momento do estudo, é fundamental reservar um tempo para resolução de questões e revisão de conteúdo, além de ser importante assistir a algumas vídeo aulas de cursos preparatórios. 

É recomendado dedicar mais tempo às áreas e disciplinas em que há mais dificuldade. Pode ser que as matérias mais complicadas tenham um peso maior. Outra dica é estudar os assuntos mais difíceis em grupo, para que aqueles que tenham mais facilidade compartilhem o conhecimento. 

Acima de tudo, não pode ser deixado de lado o cuidado com a saúde física e mental. Deve-se incluir na rotina tempos de descanso e refeições nutritivas e balanceadas. 

Falando em respeito ao autocuidado, é necessário também gerenciar o tempo de resolução das questões, não se prendendo a uma única por muito tempo.

Essa dedicação vale a pena para obter o título de especialista, reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC), e ainda conseguir uma pontuação maior em concursos, facilitando o ingresso em órgãos municipais, estaduais e federais, além do exercício da medicina em locais particulares.

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