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Reencontro do triangulo amoroso de Renato

Neste domingo, 11 de junho, às 18h30, Renato Portaluppi tem um encontro com seu triângulo amoroso: ele, Grêmio e Flamengo. Para começarmos a entender, Renato ganhou os principais títulos da carreira com o Grêmio e depois foi jogar no Flamengo, tornando-se o “Rei do Rio” e fazendo juras de amor ao Rubro-Negro carioca. Renato começou sua carreira como técnico no Tricolor gaúcho, sendo campeão gaúcho e passando por diversas equipes. Mas foi aqui no sul, em sua segunda passagem, que ele se destacou, conquistando com o nosso Grêmio a Libertadores, a Copa do Brasil, o Gauchão e muitos Grenais. No final, nunca escondeu sua vontade de treinar o milionário time da Gávea no Rio de Janeiro. Teve sua oportunidade, mas fracassou. Torcida, dirigentes e jogadores ficaram contra ele, e uma suspeita de entrega de resultados para ajudar o Grêmio deixou-o sem ambiente no clube. A campanha até não foi ruim, mas a torcida pegou no pé dele de uma forma que a situação ficou insustentável. A situação pôs fim momentaneamente ao seu próximo grande sonho, que é a seleção brasileira, um quarto amor ao qual não vou dar ênfase neste texto.

Aqui no Grêmio, Renato tem uma moral gigantesca capaz de fazer os dirigentes terem medo de suas reações, batalhar por jogadores que ele quer, realizar loucuras financeiras para dar a ele um time capaz de ser campeão. Lá no Rio, dessa vez, ele não teve todo o poder que gostaria. Renato aqui pode errar e é aplaudido; lá no Rio foi vaiado. No Tricolor, ele acerta mesmo errando; para os cariocas, ele não podia errar. No nosso estado, aquela marra de um personagem que muitas vezes parece até arrogante no Rio de Janeiro vestiu a humildade. Não se pode negar que aqui ele teve e tem muitos méritos com as vitórias que conseguiu e nos deixou saudades; por lá, confirmou uma fama de entregar coletes e se tornou mais uma vítima de um elenco milionário, mas com problemas. Ainda restava, em alguns gremistas, a dúvida de que ele tivesse pego um time pronto do Roger.

A saída de Renato deixou grande parte da torcida órfã de Renato, e todos os técnicos que o sucederam tiveram o trabalho prejudicado com a sombra dele. O Grêmio caiu, mesmo que ele tenha tentado nos dar uma forcinha, e quando estava com medo de não subir, chamou seu amor maior. Tenho plena certeza de que, se Renato tivesse ficado, não teríamos caído. Voltamos e, dessa vez, pela primeira vez, ele formou o time com suas indicações. A torcida acolheu Renato como o retorno do seu bom filho arrependido. A tarefa de formação desse time não seria fácil, levaria tempo, mas não tanto quanto imaginávamos. Ganhamos o Gauchão e estamos bem nas duas competições, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Mérito todo dele, que se tornou o gaúcho que levou em seu nome, até se perder pelas bandas do Rio.

Hoje, na cabeça de Renato, não deve haver mais dúvida de quem é seu grande amor, de quem é a torcida que ele mais ama e a quem ele deve se preocupar em agradar. Renato foi feito para o Grêmio; em nenhum outro lugar ele terá o mesmo carinho e compreensão. Neste domingo, os dois amores dele se enfrentam; o Grêmio está na frente e em boa fase, o Flamengo está se reorganizando e nem sei se ainda é amado pelo treinador. Hora de mostrar a todos eles quem é o melhor técnico do Brasil. Venceremos esse jogo e, este ano, seremos campeões de novo com Renato Gaúcho Portaluppi.

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Albano Gaddo
Albano Gaddohttp://realnews.com.br
Jornalista, DJ, comunicador esportivo mas principalmente, Gremista
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