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Quadrilha utiliza inteligência artificial para aplicar golpe da oração

Nesta quarta-feira (08), a polícia civil prendeu 35 pessoas  em Nilópolis, na Baixada Fluminense que estão usando a fé e a vulnerabilidade de outros para aplicar golpes. E o mais impressionante é a forma como essa quadrilha usava a tecnologia, com um aplicativo de inteligência artificial para criar as “orações personalizadas”. É lamentável que a inteligência artificial, que tem tanto potencial para o bem, esteja sendo usada de forma tão cruel e desonesta.

Esses criminosos operavam uma central de teleatendimento, oferecendo um serviço que parecia religioso, mas que, na verdade, era uma fachada para extorquir dinheiro das vítimas. Os bandidos coletavam informações sobre os problemas das pessoas e, com a ajuda da IA, criavam textos que pareciam atender às suas necessidades espirituais.

Golpe da oração

A tecnologia que poderia ser usada para tantas coisas boas é distorcida para enganar as pessoas, e essas atendentes usavam as informações que as vítimas compartilhavam sobre seus problemas, como os de saúde, financeiros ou familiares, para alimentar um aplicativo de inteligência artificial. O aplicativo gerava uma oração “personalizada” para cada caso, sendo uma forma muito cruel de se aproveitar da fé e da esperança das pessoas.

Os estelionatários, além de tudo, usavam as redes sociais para atrair as pessoas com mensagens para incentivar as vítimas a entrarem em contato, prometendo “milagres” e “revelações divinas”. É muito importante esse apelo da Polícia Civil para as vítimas procurarem a delegacia, pois sem a representação formal, fica mais difícil para eles avançarem nas investigações e punirem os responsáveis. Espero que muitas pessoas se sintam encorajadas a denunciar, para que esse tipo de golpe não continue acontecendo, e que isso sirva de alerta para as pessoas ficarem mais atentas a esse tipo de golpe e que a justiça seja feita.

Uso da inteligência artificial

A inteligência artificial pode ser usada criminosamente e, basicamente, o que os estelionatários faziam era atrair as vítimas usando as redes sociais, com um pastor liderando, prometendo milagres e revelações divinas. Toda vez que a vítima entrava em contato, uma central ligava para ela.

A coleta de informações, como perguntas sobre os problemas da vítima, como doenças, dificuldades financeiras e familiares. Uma geração de orações com IA com essas informações dava acesso para criar “orações personalizadas” para cada situação, e em troca dessas orações, cobravam dinheiro das vítimas.

O ponto chocante é o uso da IA para dar uma aparência de personalização e autenticidade a algo que era totalmente planejado para enganar. A inteligência artificial criava os textos religiosos, que eram então usados para ludibriar as pessoas que buscavam conforto espiritual ou uma solução para seus problemas.

A polícia descobriu que esse esquema rendeu cerca de R$ 3 milhões em somente um ano, mostrando o quão lucrativo e cruel era essa operação. É um alerta sobre como golpes podem se modernizar e usar tecnologias avançadas para enganar as pessoas.

Foto: Reprodução

 

 

 

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Elaine Rodrigues
Elaine Rodrigueshttp://realnews.com.br
Elaine Rodrigues é estudante de Jornalismo pela Universidade Anhanguera, com dedicação à produção de conteúdos precisos, claros e socialmente relevantes. Sua atuação é guiada pelo compromisso com a verdade e pela valorização de vozes que muitas vezes não encontram espaço na mídia tradicional.
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