Putin chega hoje na Coreia do Norte, país que mantém a maior ditadura do mundo com seu território e mídia totalmente fechados ao mundo, deixando sua população alienada das questões externas e que passa por grande fome.
Essa visita tem como objetivo fazer mais aquisições da Coreia do Norte, que possui vastos estoques de munições de artilharia cujo calibre é também usado pela Rússia, pois ambos ainda utilizam armamentos da era soviética. Essas munições estão sendo usadas em grande escala na Ucrânia, uma vez que, mesmo com a indústria russa em pleno funcionamento, ainda assim não é capaz de atender à demanda na linha de frente, pois a tática russa envolve a saturação de bombardeios de artilharia.
Mas não é apenas isso que será tratado no encontro entre os ditadores Vladimir Putin e Kim Jong Un. Este encontro também visa selar uma aliança de mútua cooperação entre os países.
Essa cooperação é excelente para ambos, pois suprirá deficiências militares e sociais que esses países apresentam. No entanto, também representa uma gigantesca preocupação para os países ocidentais, uma vez que vemos cada vez mais o bloco das ditaduras se fortalecendo. Esse bloco já conta com o Irã e a China, que também estão em uma corrida armamentista e nuclear. Por exemplo, a China, que contava com 350 ogivas nucleares, agora possui mais de 500, conforme a última publicação, e o Irã está prestes a desenvolver sua primeira ogiva nuclear.
Já se percebe que o mundo está se configurando em dois blocos, blocos esses que estão cada vez mais se fortalecendo e provavelmente entrarão em choque nos próximos anos. De fato, países como Rússia, China, Coreia do Norte e Irã, todos ditaduras, são revisionistas da ordem mundial liderada pelos Estados Unidos. A questão principal é que, neste momento, eles estão visivelmente unidos para enfrentar seus rivais.
O Ocidente vê tudo isso com muita preocupação, pois esses países são fortemente armados e têm exércitos numerosos. Como mencionado anteriormente, todos são ditaduras, logo não há ninguém que se oponha às ordens de seus líderes.
Em resumo, essa visita é mais um passo em direção a uma crise que cada vez ganha mais corpo e intensidade, uma vez que ambos os países são nucleares e têm um objetivo comum.