Ano novo, nova temporada e mais uma vez o torcedor colorado entra em um novo ciclo com o grito de campeão preso na garganta e como em anos anteriores, o Internacional novamente é o “time do ano que vem”.
O time tem uma espinha dorsal, não perdeu titulares, terminou a temporada jogando bem e terá uma nova temporada promissora apenas fazendo contratações pontuais.
Esse filme já foi visto por grande parte da torcida, pelo menos nas duas últimas trocas de temporada e o resultado foi decepcionante, com o time sequer disputando a final do Gauchão.
Mas, se o discurso é o mesmo, porque a torcida deve acreditar que em 2025 as coisas podem ser diferentes? Bem, bola de cristal eu não tenho para afirmar mas posso listar pontos que animam a mim como torcedor e que talvez possam animar a outros adeptos do Inter.
O primeiro ponto é a pressão do rival. Em 2025 o coirmão pode somar o oitavo título gaúcho seguido, igualando uma marca que somente o Inter tem no estado e essa marca pode sim fazer com que elenco, comissão técnica e diretoria busquem fazer um estadual com foco e disposição para novamente vencer o campeonato regional, o que não acontece desde 2016, e por fim ao grande período sem a conquista estadual, o que incomoda a mim e eu acredito que a grande parte da torcida.
Outro ponto é que no ano que começou, o Inter completará 14 anos sem uma grande conquista, que caso não aconteça, abre o pretendente perigoso para que em 2026 se complete 15 anos sem vencer nada fora do estado, transferindo a flauta da valsa de debutantes, que tanto nos fez rir em outros tempos, para o lado azul. Eu acredito que as pessoas dentro do clube também tenham essa consciência e que a principal meta de um time de futebol profissional é conquistar títulos e não somente formar e vender jogadores.
A manutenção de Roger Machado, que segundo alguns boatos não confirmados enfim está treinando seu clube do coração, também me anima. Não apenas pelo fato de começar o ano com o mesmo treinador, visto que isso já ocorreu com Mano e Coudet, mas por ser o Roger Machado. É notório que Roger é um profissional dedicado, estudioso e que exerce magistralmente o ofício de técnico de futebol. Todo treinador tem uma primeira grande conquista e eu creia piamente que hora do Roger chegou. Claro que não será fácil, teremos que lutar contra SAF’s e elencos milionários, mas em todas as nossas conquistas haviam times melhores. Roger evoluiu como técnico e apenas um grande título o separa do rol de maiores do país e assim como aconteceu com Diniz em 2023, está na hora de Roger Machado ter seu nome atrelado a um grande troféu.
Por último, mas não menos importante, o grupo de jogadores é mais qualificado dessa vez. Temos uma espinha dorsal sólida e jogadores entrosados. A venda do garoto Gabriel Carvalho vai possibilitar que a equipe titular seja mantida, onde poderemos contar com Wesley e Vitão, que estavam com suas saídas encaminhadas. A contratação de um zagueiro e jogadores qualificados para compor o grupo serão suficientes para que a forma de jogar que ficou invicto quase um turno inteiro seja preservada e isso realmente é um alento para os anseios da torcida.
Que 2025 seja enfim o ano da redenção colorada e que novamente possamos ver um capitão colorado erguendo uma taça novamente. Eu escolhi acreditar e espero que grande parte dos colorados tenha feito essa mesma escolha.
Foto: Ricardo Duarte
