O jogo
Embora a escalação não tenha agradado, o desempenho e o resultado foram satisfatórios. Não foi uma partida exuberante, mas suficiente para vencer sem sustos. O crescimento técnico de alguns jogadores ajudou o coletivo. Edenilson e Heitor estiveram muito bem. Uendel foi seguro, assim como Lindoso. Defensivamente a equipe esteve atenta e participativa, fechando bem os espaços. Ofensivamente, a saída de bola esteve mais lúcida e veloz, mas ainda precisa de ajustes, principalmente, nos pés de Zé Gabriel. A movimentação do meio campo fluiu melhor refletindo na construção das jogadas. Ainda que no terço final falte um trabalho de bola mais apurado com infiltrações e mais jogadores chegando para finalização, o gol cedo facilitou as ações. A intensidade continuou e logo marcamos o 2º, depois desse sim vimos diminuir um pouco o ritmo do jogo colorado, mas não a concentração. Coudet mexeu na 2ª etapa para administrar. Terminou o jogo com Zé Gabriel e Lindoso no meio, o que indica que se estivesse Musto à disposição, provavelmente, o teria utilizado para segurar o resultado. D’Ale novamente entrou bem seguindo orientação do treinador, ajudando a equipe a manter a bola e deixar o tempo passar. O Inter em relação a si mesmo melhorou, mesmo levando em conta a fragilidade do adversário, atuamos melhor. Que continue melhorando.
Imagens: Ricardo Duarte / Sport Club Internacional
Ação ofensiva
A saída de bola melhorou, ainda que Zé Gabriel tecnicamente esteve abaixo e errando alguns passes. O meio campo esteve mais fluido, Edenilson centralizado cresceu, apareceu mais, e ditou ritmo. Boschilia e Patrick não foram brilhantes mas movimentaram-se, aparecendo para jogar. Se o início da construção melhorou o terço final ainda requer mais refinamento, pois ainda dependemos muito de Galhardo para finalizar. É preciso chegar com mais jogadores, mais agressivo e contundente. As infiltrações dos jogadores de meio também não estão acontecendo como antigamente. O Inter vem usando pouco a amplitude e profundidade pelos lados, os laterais embora estejam participando do início das ações, não estão somando-se ao ataque indo até a linha de fundo, sendo quase “pontas” como Coudet gosta. Ter Galhardo como 9 é uma ideia acertada, porém fica nítido que Pottker não é o mais indicado para ser seu companheiro. Peglow ou até mesmo uma chance para Yuri Alberto seria muito mais indicado para o momento e continuidade.
Ação defensiva
Mesmo não sendo aquela marcação adiantada, pressão agressiva que nos acostumamos pré pandemia, a organização defensiva melhorou. O time esteve mais intenso, mais participativo, mais concentrado e compactado. Lomba não trabalhou. Depois dos placar realizado o Inter recuou um pouco as linhas administrando. Os laterais foram muito seguros defensivamente, assim como Lindoso e Edenilson a frente da zaga. Zé e Cuesta oscilaram dentro da partida, mas não chegaram a comprometer. Quando perdemos a posse, a pressão pós perda funcionou, essa sim lembrando muito o time da pré pandemia. A transição defensiva, principalmente, da linha de 3 meias foi eficaz. Assim que perdíamos a bola, já havia uma pressão para retomar a posse e evitar o contra ataque.
Ficha técnica:
Red Bull Bragantino (0): Julio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Edimar; Ricardo Ryller, Artur (Leandrinho), Raul, Claudinho (Thonny Anderson) e Bruno Tubarão (Luis Phelipe); Alerrandro (Ytalo). Técnico: Maurício Barbieri.
Internacional (2): Marcelo Lomba; Heitor, Zé Gabriel, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenilson, Boschilia (Marcos Guilherme) e Patrick (Moledo); Pottker (Abel Hernández) e Thiago Galhardo (D’Alessandro). Técnico: Eduardo Coudet.
Gols: Thiago Galhardo, aos 17 e 24 minutos do primeiro tempo (I).
Cartões amarelos: Ryller, Uillian Correia e Edimar (B). Cuesta, Rodrigo Lindoso e Edenilson (I).
Cartão vermelho: Thonny Anderson.
Estádio: Nabi Abi Chedid.