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Por dentro do jogo Inter 2 x 2 Flamengo

Créditos imagens Ricardo Duarte / Sport Club Internacional

O jogo
O Inter começou a partida da forma que gostamos de assistir, marcando alto, pressionando o adversário, trocando passes rápidos, com os jogadores concentrado nas ações do jogo. O jogo teve uma intensidade muito grande nos primeiros minutos. Os jogadores de frente iniciavam a marcação agressiva. Abel e Galhardo estiveram muito bem nas ações, assim como Edenilson e Patrick. Marcos Guilherme participou da fase defensiva, com muita entrega, mas ficou devendo um pouco na tomada de decisão, quando Inter estava em posse da bola. O colorado usou de sua principal arma para marcar seus gols. Marcação alta pressão, aliada a uma transição ofensiva veloz, surgiram assim os gols de Abel e Galhardo. Após o primeiro gol, sofremos imediatamente o gol de empate, problema já recorrente de outras partidas. No fim da primeira etapa o ritmo diminui, já dando mostras que baixaria as linhas na segunda etapa.

2º Tempo
O Inter voltou com uma postura completamente diferente. Com o bloco mais baixo, o time aceitou demais o domínio do Flamengo. O time carioca tem uma equipe de muita qualidade, veio pra cima, com um Inter que já não incomodava mais a saída de bola do time de Domenec. Os jogadores de meio do Flamengo tinham espaços para ver o campo de frente e efetuar lançamentos ou passes de ruptura. O Flamengo encontrava marcação pressão somente quando chegava na nossa intermediária. Coudet tentou congestionar a área colorada por 45 minutos. Tática arriscada contra um time de muito poderio ofensivo. Ficamos sem saída para transição e contra ataque. E as substituições não ajudaram. Pottker não conseguiu prender a bola na frente, simplesmente perdendo todas jogadas. D’Ale entrou mais com tarefas de marcação do que para manter a posse. Entregávamos a bola ao Flamengo. De tanto a bola rondar nossa área, uma hora ela entrou. Castigo duro ter acontecido no fim da partida, ainda que os sete minutos de acréscimos tenham sido inexplicáveis.

Destaque positivo
-Partida segura de Heitor. Firme na defesa e confiante no ataque.
-Na primeira etapa o Inter teve uma bela atuação. Compactado nas ações do jogo, com jogadores concentrados e participativos. O desafio é manter esse equilíbrio nos dois tempos.

Destaque negativo
-Sofrer gol imediatamente após marcar. Problema recorrente.
-Sofrer gol no fim da partida.
-Linhas muito baixas na segunda etapa.

Ação ofensiva
Construímos nossos ataques com nossa principal arma: Marcar alto, pressionar e retomar a bola para transitar veloz pegando a defesa do Flamengo fora do lugar. Assim criamos, praticamente, todas nossas chances. Abel, Galhardo, MG, Edenilson e Patrick foram fundamentais. Sabidamente o time não sustentaria o ritmo tão intenso, mas não podemos simplesmente abdicar de atacar como aconteceu na 2ª etapa. Ainda que no início do 2º tempo tivemos duas belas chances em transição ofensiva, nos pés de Patrick e MG. Depois disso o Inter inexistiu no campo ofensivo. Marcos Guilherme auxilia na pressão para retomada, mas não entrega em qualidade com a bola nos pés. Sentimos falta de Boschilia em algumas situações de ataque. A insistência em Pottker como solução ofensiva é inexplicável. A ideia com a entrada de D’Ale era ter mais a bola. Mas o time recuou tanto que ele não teve como contribuir. Somente correu atrás dos jogadores do Flamengo. Talvez a melhor opção fosse Peglow, não perdendo velocidade e participação. Já que o time não conseguia subir, precisávamos de alguém com velocidade para puxar uma transição e tentar prender a bola no ataque para a equipe respirar.

Ação defensiva
O time esteve seguro. Bem compactado e firme na marcação. Principalmente na primeira etapa. A marcação alta, pressão, não deixava o Flamengo respirar. Tirando tempo e espaço dos jogadores adversários, levando ao erro, retomando a bola. Os laterais muito seguros, realizando boa partida no 1×1. Zé Gabriel jogando deslocado na esquerda, teve muita dificuldade no 1×1 com Pedro. Na 2ª etapa, com as linhas muito baixas, a pressão no campo ofensivo não acontecia e os meias flamenguistas tinham alguns espaços para pensar o jogo. Eram pressionados somente na intermediária. Muito arriscado ter muitos jogadores de qualidade perto da nossa área. A bola rondava nossa área e o Flamengo foi criando muitas oportunidades. O gol sofrido foi nos acréscimos (injustamente dado pelo juiz), mas sofremos muito na 2ª etapa sem conseguir tirar o bloco de trás. Postura muito parecida ao jogo contra o atlético MG. Naquele dia deu certo, ontem, contra um time de mais qualidade, infelizmente não.

Ficha técnica:

Internacional (2): Marcelo Lomba; Heitor, Rodrigo Moledo, Zé Gabriel e Uendel (Moisés); Rodrigo Lindoso (Damián Musto); Marcos Guilherme (Rodrigo Dourado), Edenilson e Patrick; Thiago Galhardo (William Pottker) e Abel Hernández (Andrés D’Alessandro). Técnico: Eduardo Coudet.

Flamengo (2): Hugo; Mauricio Isla, Gustavo Henrique, Natan e Filipe Luís; Thiago Maia, Willian Arão (Michael), Everton Ribeiro, Vitinho (Lincoln) e Gerson; Pedro. Técnico: Domènec Torrent.

Gols: Abel Hernández, aos sete minutos do primeiro tempo, e Thiago Galhardo, aos 24 minutos do segundo tempo (I); Pedro, aos 10 minutos do primeiro tempo, e Everton Ribeiro, aos 50 minutos do segundo tempo (F).

Cartões amarelos: Tiago Maia, Willian Arão, Natan, Gustavo Henrique e Vitinho (F). Rodrigo Lindoso, Rodrigo Moledo, Thiago Galhardo, Marcelo Lomba, Rodrigo Dourado e Danilo Fernandes (I).

Estádio: Beira-Rio, Porto Alegre – RS.

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