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Perigo nas escolas: Alunos estão fazendo o desafio da rasteira, como um influenciador digital ensinou através do Youtube

Desafio da rasteira, uma brincadeira que pode levar a morte, ganhou o mundo das redes sociais nessa semana. Um youtuber mostrou como realiza-lo para seus dois milhões de seguidores. O influenciador digital chama-se Robson Calabanqui, conhecido como “Fuinha”, tem 23 anos. Fuinha conseguiu disseminar o Brasil afora com está pegadinha.

Um dos vídeos publicados em seu canal do Youtube, Fuinha e irmão dele demonstram o desafio derrubando a mãe deles, ele já excluiu e pediu desculpas para os pais e professores, porquê está brincadeira acontece nas escolas, por tanto ele viu o mal que fez em ensinar na internet uma pegadinha que pode machucar ou até mesmo levar a morte de uma criança ou adolescente.

Dois colegas chamaram um terceiro para compor uma formação em linha reta. Primeiro, os dois da ponta dão um pulo, como se fosse uma coreografia. Depois, convidam o componente do meio para fazer o mesmo. No momento em que ele salta, surpresa: leva uma bela rasteira e cai no chão.

O jogo, aparentemente, termina em muitas risadas e vai para as redes sociais, onde se transforma numa espécie de desafio. “Peguei um bobo! Agora, quero ver você pegar também!”, instigam os posts – comuns até mesmo em perfis de celebridades. O problema, alertam especialistas

Médicos alertam:

Segundo o ortopedista Eduardo Frois Temponi, o maior perigo do desafio está no fato de que a pessoa que recebe a rasteira, uma vez que é pega “no susto”, cai sem chance de se apoiar durante a queda, usando as mãos ou os braços. Com isso, corre o risco de bater com a cabeça ou machucar a coluna em regiões importantes, o que pode ocasionar sequelas irreversíveis.

“Estamos falando de impactos com potencial para romper ligamentos – uma experiência, por sinal, bastante dolorosa ou de gerar luxações – quando uma articulação perde o contato com a outra. É importante ressaltar que quem dá a rasteira, o ‘agressor’, também está sujeito a isso, já que a pessoa agredida pode cair em cima da perna dele. Essa ‘brincadeira, portanto, é perigosa para todos os envolvidos, não só para o ‘desavisado’ que cai de costas. No fim das contas, todo mundo pode acabar parando no hospital”, pondera o médico.

Volta ás aulas: CUIDADO COM SEUS FILHOS

“Pessoal, vou utilizar o grupo agora para uma informação de utilidade pública. “Fiquem atentos com as escolas onde seus filhos estudam pois está circulando uma brincadeira aberrante onde já houve crianças com fratura craniana e leva a graves sequelas ou a morte”, diz mensagem que se tornou viral nos últimos dias, em grupos de WhatsApp de famílias e escolas.

A pesquisa TIC Kids Online, que ouviu entre outubro de 2018 e março de 2019 três mil famílias brasileiras com filhos entre 9 e 17 anos a respeito de seus hábitos na internet, apontou que 16% das crianças entrevistadas disseram ter visto online, formas de machucar a si mesmas; e 14% tiveram contato com conteúdo que mostrava como cometer suicídio.

Segundo a ONG cearense DimiCuida, que monitora “jogos” perigosos que se disseminam online, o vídeo dos alunos fazendo o desafio da rasteira no colégio Santo Tomás na Espana, foi bastante compartilhado em países da América Central no final da semana e começou a circular no Brasil nos últimos dois dias.

A orientação é discutir o tema sem julgamento, mas refletindo junto com as crianças, deixando mais palpáveis os riscos, que para muitos jovens, ainda soam como algo abstrato.

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