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Papa Francisco está “disposto a ir a Moscovo”, mas Putin ainda não respondeu

O papa Francisco voltou a dizer que estava disponível para ir a Moscovo e conversar com o presidente russo, Vladimir Putin, confirmando que já tentou contactar o Kremlin. Numa entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, publicada esta terça-feira, Francisco lamentou ainda a falta de resposta pelo Kremlin.

“No primeiro dia da guerra, telefonei ao Presidente Zelensky da Ucrânia, mas não telefonei a Putin. Tive notícias dele em dezembro pelo meu aniversário, mas não desta vez não telefonei. Queria fazer um gesto claro que o mundo inteiro pudesse ver e por esta razão fui ter com o embaixador russo. Pedi-lhes que explicassem, disse ‘por favor, parem'”, começou por dizer o pontífice.

Vinte dias depois de começar a guerra, explica o Papa, foi pedido ao cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano (a quem classificou de um “grande diplomata), que “enviasse a Putin a mensagem de que estava disposto a ir a Moscovo”.

No entanto, era necessário “alguma abertura” por parte da Rússia, que não surgiu.

O Papa tem expressado frequentemente a sua preocupação com a guerra na Ucrânia, após a invasão russa iniciada em 24 de fevereiro, tendo chegado a propor a mediação do Vaticano.

Francisco tem condenado a guerra mas, em concreto, os massacres e o impacto do conflito na população civil. Aludindo as situações encontradas nos arredores de Kyiv e em Mariupol, onde as tropas russas deixaram corpos nas ruas e valas comuns, o cardeal de Roma aludiu a um histórico genocídio para recordar a frieza da guerra.

 

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