Caros leitores esta semana trago para reflexão a seguinte frase que intitula este artigo – Opinião é Informação ? – pois, parece que algo tão simples virou um verdadeiro pesadelo para muitos, neste contexto confesso que já tinha de fato escrito tal artigo, mas diante tantas confusões e acontecimentos que pautaram esse quinze dias, não achei prudente visto ânimos exaltados que poderiam deturpar a minha opinião.
Fazendo uma homenagem ao costume popular onde todos opinam sobre futebol, política e religião, entendo que cada cidadão em sua parcela de conhecimento tem algum sentimento que cabe expressar sobre a política principalmente, em novos tempos não temos a total alienação e desconhecimento de outroras passadas, penso ainda com alguma convicção que a opinião é formada diante a informação adquirida e aqui vejo os motivos de discórdia juvenil que aflige uma maioria. Num mundo de desinformação e inverdades acabamos sendo levados ao erro que nos transformam um pouco ignorantes e muitas vezes equivocados.
Vejo com cautela a manipulação da informação com intuito de trazer certo conforto e ordem social quando relacionada ao posicionamento de um governo de qualquer esfera, remetendo me ao velho ditado que povo para ser feliz basta “pão e circo”.
Nesta dicotomia, a velha censura é pautada pelo grupo social discordante da opinião, que deturpa uma informação ou trazendo outras em contrapontos ; enfim somos pela enxurrada de fatos e o de maior aceitação ou repúdia absorvidos como premissa fidedgna ; basta lembrar recentemente uma apologia feita por um apresentador de um Canal das Redes Sociais sobre certo Regime, foi massacrado e afastado do seu espaço, ressalvando que outros que também opinaram nada aconteceu, ou seja, nem sempre o causador é punido, mas colocado como vítima e ignorado quando convém.
Fazendo o aspecto histórico não tenho como deixar de mencionar os efeitos de alguns atos inconstitucionais que parecem se repetir em novas modalidades e costumes . Primeiramente lembro o Ato Institucional nº 13, de 5 de setembro de 1969, que Dispõe sobre o banimento do território nacional de brasileiro inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional, mediante proposta dos Ministros de Estado da Justiça, da Marinha de Guerra, do Exército ou da Aeronáutica Militar; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes , só que nos casos atuais banimos socialmente com um julgamento sem direito a defesa e marcamos negativamente a pessoa como exemplo de cidadão ou exemplo de honra e caratér e de forma grave cobramos uma justiça em nome de um coletivo moral muitas vezes inexistente; fazendo se ainda uma outra analogia trago também o Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968 que suspendeua garantia do Habeas Corpus para determinados crimes; dispõe sobre os poderes do Presidente da República de decretar: estado de sítio, nos casos previstos na Constituição Federal de 1967; intervenção federal, sem os limites constitucionais; suspensão de direitos políticos e restrição ao exercício de qualquer direito público ou privado; cassação de mandatos eletivos; recesso do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas e das Câmaras de Vereadores; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes; e dá outras providências, deste modo com esta referência trago a menção que se tem questionado há um certo poder jurídico que atua como moderador, onde jornalistas, políticos e qualquer um do povo que tenha opinião e meios de propagação de opinião e ou informação em massa possa corromper uma manobra de ordem colocando em risco uma tal de Democracia e da manipulação necessária .
Em meus devaneios acredito que a informação vinda através de debates e opiniões televisivas descortinam o anseio de um aumento de divisão, pois, proibida qualquer concordância e soma de ideias, opinar e confrontar é a regra costumeira que mantém o interesse massivo de impor um posicionamento até trazer ao cidadão medíocre o total desinteresse pelos seus direitos e cidadania .
Concluo desejando que todo o conhecimento seja embasado por verdades em seu conteúdo , com lógica e com informação verossímil, pois assim poderemos construir um diálogo sobre qualquer assunto e princialmente a política ,que perdura em nosso cotidiano, seja seu próprio crítico quando surgir a dúvida e silenciar se, já que a opinião para ser formada estará falha e incompleta. Vamos refletir e dialogar , pois o debate não trará vencedores.
Sobre o Autor : Advogado , Jornalista e Observador Político
Sobre : Eduardo na Política – Coluna voltada a reflexão política,definição de termos políticos e história política
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