O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) descobriu mais de cem jogadores do futebol brasileiro que possivelmente estão envolvidos em esquemas de apostas.
A operação “Penalidade Máxima II” está investigando irregularidades em jogos de futebol brasileiro em 2022 e nas competições estaduais deste ano. Até agora, 16 pessoas foram acusadas, sendo sete jogadores: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe). Vários clubes já afastaram jogadores que apareceram nos documentos do MP.
Entre eles, estão o volante Richard, do Cruzeiro, os zagueiros Eduardo Bauerman e Vitor Mendes, do Santos e Fluminense, e o lateral Pedrinho, do Athletico-PR. Outros jogadores, como Nathan, atualmente no Grêmio, o trio Matheusinho, Nino Paraíba e Dadá Belmonte, do América-MG, e o atacante Alef Manga, do Coritiba, também foram citados pelo Ministério Público.
A investigação indica que a organização criminosa teria atuado concretamente em pelo menos cinco jogos da Série A do Brasileirão do ano passado. Além disso, os suspeitos teriam tentado manipular cinco partidas de campeonatos estaduais, incluindo o Goianão, o Gaúchão, o Mato-Grossense e o Paulistão.
“A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo”, informou o MP em comunicado.
De acordo com o órgão, os jogadores foram solicitados a realizar ações previamente estabelecidas. O objetivo seria obter “grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas”. Para isso, os suspeitos usavam contas cadastradas em nome de terceiros.



