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O “s” de simpatias ao movimento lgbtqiapn+

No começo das grandes lutas, a eclosão deu-se após o sepultamento de Judy Garland, diva do movimento que se nomeava apenas Gay, marchando em direção ao Bar Stonewall. Foi em Nova York, 1968, quando 20 mil militantes barraram as frequentes repressões policiais, impedindo que 200 frequentadores fossem presos.

A primeira parada foi em São Francisco, no bairro Castro, 1978. E, paulatinamente, as lésbicas foram entrando na luta. Assim, nos anos 80, à sigla era GLS, incluindo simpatizantes. Em Porto Alegre, o bar Ocidente era o templo.

A multifacetada sexualidade humana, em gênero e orientação, foi se mostrando afirmativamente. À sigla LGBTQUIAPN+, apresento a proposta de resgatar o “S” em meu papel de militante, psicólogo e psicanalista.

Os heterossexuais, sobremaneira femininos, estruturados numa psiconeurose cujo conflito sexual está dado, identificam-se com a força vulcânica do desejo dos diversos.

Então, são eles, os “Ss”, que fazem frente, mediação na família, na escola, no trabalho e na sociedade como um todo, acolhendo os discriminados, na desarticulação dos preconceitos. Via de regra, são as mães que dão o suporte às “saída dos armários”, para um colo amoroso que fortalece a autoestima de seus filhos e demais afetos.

Depois desse breve passeio histórico, chegamos à nossa Primeira Feira e Baile da Diversidade. A semente foi plantada num encontro de Roda de conversa e poesia LGBT em dezembro. O projeto foi regado pela simpatia de nossa prefeita, Marivane Anhanha Rogério, a fada que faz da Brigadeiro Sampaio, jardim, horta e pomar da cultura e empreendedorismo das diversidades.

No andar do evento, Mocita Fagundes, musa dos LGBTQIAPN+, desde sempre “S”, esposa do “S”, Tarcísio Filho, diretora da maior e mais premiada na área de vídeos publicitários, a Mythago Produções, entrou com amor, competência e fez nosso marketing e divulgação brilharem nas redes sociais. Ela me disse que o patrocínio foi pelo amor amigo que nos une, mas também credito ao seu espírito militante, como mãe do jovem trans, Theo. Na reta final, dando suporte às nossas demandas, apoiada pelo seu assessor Wilian Moretson, seu afilhado no casamento com Dani Moretson, líder e força ao nosso evento e Parada, recebemos o colo materno e simpático de nossa primeira-dama do município: Valéria Leopoldino, com toda a resolutividade estrutural.

Valéria se fez presente nos prestigiando, abraçando. Demonstrou o quanto o que nos une, independente de divisões partidárias, como bem frisou o líder da Parada, Roberto Seintenfus, são as demandas de direitos, de afeto e solidariedade no movimento. Emprestando sua simpatia, apoio e afeto, contamos com a força patrocinadora da ícone maior da área de relações públicas do RS, Marta Rossi. CEO do FESTURIS (Festival Internacional de Turismo de Gramado).

Marta foi representada pelo casal Dan Hay e Jader Hay que militam com ela pra desarticular preconceitos, fazendo a hotelaria Gramadense ser mais acolhedora com os LGBTQIAPN+, apostando no Gayfriendly. Trouxeram grandes prêmios à nossa Corte, composta pela Rainha Gaby Pereira Quadras, primeira princesa, Giovana Shanys e Savanáh Quen, que irão representar nosso evento num fim de semana em Gramado, com jantar e passeios. Com os Hay, produzi uma sacola linda com as premiações, homenageando com fotos as simpatias trans, transpessoais, das divas que partiram: Rogéria e as gaúchas: Nega Lu, Carla Campos (primeira candidata travesti gaúcha a vereadora) Rebeca MacDonald, numa cena do Filme “Au Revoir Shirlei”, de Gilberto Perim e Alicie Urbim. Destaque a Silvinha Brasil, nome da semana Cultural que antecede a parada, Dandara Rangel, que ficou famosa por imitar, dublando, Alcione.

Destaque nos apoios femininos para Rosane Dalmoro, do Bar e Restaurante Refúgios; Gabriele K. Rodrigues e sua equipe do “Pães e Bolos”.

FESTURIS E MYTHAGO PRODUÇÕES, agregando credibilidade ao evento, já garantiram permanência e mais investimentos.

A Primeira Feira e Baile da Diversidade já deu belos frutos. Dentre esses presentes, agradeço ainda mais a confiança da direção da Parada de Lutas, Roberto Seintenfus e ao meu filho-irmão, no apoio competente e afetivo, Gil Cunha, produtor. Deles recebi outro presente: produzir mais dois eventos que farão de nossa história do movimento LGBTBTTQIAPN+ vanguarda em focar nas lutas trans e lésbicas. Aguardem!

Às lágrimas do alto do caminhão de frente na Parada, vendo a força de um movimento com 150 mil pessoas, renovo as esperanças na edificação de uma sociedade plural, que acabe com o título do Brasil campeão em mortes de homossexuais, travestis e transexuais, tendo o suporte das simpatias acolhedoras.

Anuindo ao vaticínio ativista de Roberto Seintenfus, faremos aqui a parada do MERCOSUL, fomentando o turismo.

A luta continuará com ativismo político, sem ódio no coração, com glamour, empreendedorismo e lazer cultural LGBTQIAPN+.

Patrocínios:

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Gaio Fontella
Gaio Fontellahttps://realnews.com.br/category/opiniao/blog-do-gaio/
Gaio Fontella (Psicólogo, psicanalista, graduado e pós-graduado pela UFRGS, comentarista e produtor do “Café com Análise”, no Youtube.
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