O Rio Grande do Sul enfrenta um dos piores desastres naturais de sua história, com as enchentes causando devastação em várias regiões do estado. Em particular, o Rio Taquari ultrapassou os 30 metros, atingindo o maior nível já registrado em Lajeado e Estrela, na noite de quarta-feira (1°). Esta tragédia supera até mesmo as enchentes devastadoras de setembro de 2023 e as históricas de 1941.
As enchentes de setembro de 2023 já haviam deixado um rastro de destruição, com inúmeras mortes e prejuízos materiais incalculáveis. No entanto, a situação atual ultrapassa qualquer marca registrada anteriormente. Em 1941, por exemplo, o Rio Taquari alcançou a marca de 29 metros e 92 centímetros, um recorde que parecia inatingível até agora.
Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o rio atingiu a impressionante marca de 30 metros e 15 centímetros às 22h, e a expectativa é de que continue a subir nas próximas horas, dadas as chuvas constantes.
Alertas e Medidas Preventivas
O governador Eduardo Leite, ciente da gravidade da situação, emitiu alertas instando as pessoas que residem em áreas de risco a deixarem suas casas. A prefeitura de Lajeado também emitiu um comunicado alertando que o rio poderá atingir cotas entre 31 e 32 metros, recomendando que os moradores até a cota 33 busquem imediatamente um local seguro.
Desastre Climático sem Precedentes
As chuvas persistentes que assolam o Rio Grande do Sul desde o início da semana estão configurando o maior desastre climático da história do Estado. O governador Leite expressou preocupação, prevendo que os estragos dessa crise ultrapassarão os impactos das enchentes de setembro do ano anterior, que resultaram em perdas significativas de vidas e danos materiais.
Medidas Emergenciais e Riscos Potenciais
Além de suspender as aulas em toda a rede estadual, o governador também alertou para o risco de rompimento da barragem da Usina Hidrelétrica 14 de julho, da Ceran, entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra. Municípios como Santa Tereza, Muçum, Roca Sales, Lajeado e Arroio do Meio estão em alerta devido a essa possibilidade.
As consequências já são trágicas: dez mortes confirmadas, mais de 20 pessoas desaparecidas e milhares desabrigadas.
Foto: Juliano Beppler
