A pergunta é provocativa, e geralmente tem respostas rápidas e objetivas. A insistência da imprensa tradicional de classificar tudo e todos, com etiquetas sociais e políticas, nos últimos anos, principalmente depois do efeito Bolsonaro, tornou o debate politico mais presente, assim como alguns questionamentos sobre o status quo, que conduzia o país e seus pacatos cidadãos.
Afinal, uma das grandes vitórias da engenharia social da militância de esquerda, sabidamente, foi criar ícones na cultura pop e na tradicional impressa brasileira, angariando jovens seguidores, que viram adultos frustrados socialmente, ou em seu êxito, militantes com base em uma filosofia morta de séculos passados, sobretudo no pilar do Marxismo, sempre com a classe média ostentando discursos sobre a defesa da pobreza ou de minorias das quais não fazem parte. Esse é o Brasil, ainda em 2024.
A pretensão da ascensão política é o poder pelo poder, uma soma da incapacidade de entendimento dos princípios da democracia – aqui resgatamos o princípio fraternal de democracia como instrumento de evolução individual e social – o oportunista político também carece da capacidade de atuar e desenvolver-se na esfera privada, e, por fim de uma vaidade, que o postulante a cargos eletivos carrega cada vez mais escancarado, sobretudo a “nova geração de políticos oportunistas”.
Entre todas as pautas possíveis para o debate, dos últimos anos, com a nova realidade política a que assistimos, quero convidar meus amigos e leitores a refletir sobre a vexatória situação de nossa cidade de Canoas, que está seguidamente em noticiários por diversos motivos.
O que é direita e esquerda em Canoas? Será que existe essa divisão nos grupos políticos oportunistas que há anos frequentam os corredores da prefeitura e câmara, de fato não precisa ser um cientista político para saber que não há definição ideológica desses postulantes, que criam raízes nos prédio público, basta ter acesso a internet e verificar as juras de amor e admiração que colegas políticos trocam quando estão no mesmo governo ou na mesma administração.
E como fácil e rápido é a troca de camisa e de princípios, quando convém, afinal o que são princípios e palavras no meio político? No último mês se observou que pelo menos aqui na terra do Xis, não significa nada! Idolatrias exageradas, elogios e propagandas são descartadas, quando assunto é oportunidades – Eu adoro a internet e seus vídeos salvos na nuvem! Essa eleição será muito interessante (risos).
O fato é que a cidade passa por uma situação de incertezas, em relação a sua administração, os afastamentos em relação ao prefeito eleito pelo povo, prejudicam imensamente os serviços, com as trocas de equipes, sendo a comunidade a maior vitima. A Câmara de vereadores segue seu papel, fielmente, em proteger e defender seus interesses, homenageando amigos, dando nomes a ruas e praças, assim como, nas horas vagas atendendo aos interesses do prefeito que está na cadeira do paço municipal, afinal eles foram eleitos para isso [contém ironia].
Nos corredores dos prédios públicos, muitas dúvidas dos trabalhadores esperam a decisão do judiciário sobre o prefeito do trimestre. Em ano eleitoral, as especulações também são assuntos recorrentes nos grupos políticos, servidores e bares nas comunidades. O fato unânime é que Canoas perdeu um tempo precioso, fruto das más escolhas, principalmente em relação ao legislativo, que assiste a cidade estagnada e nada fazem. A expectativa está em Outubro, com as eleições.
Aos poucos os pré-candidatos vão se revelando, alguns postulantes de primeira viagem, outros já conhecidos da comunidade, temos futuras pré-candidaturas interessantes, muitos partidos ensaiam lançamentos de candidaturas próprias, nos últimos dias nomes como o prefeito afastado Jairo Jorge, o ex-prefeito e Dep. Federal Busato, são recorrentes em rodas; O PT sempre presente com sua militância fiel apresentará um nome por sobrevivência política de seus vereadores; Na onda do Bolsonarismo, oportunistas tem ocupado o PL local, na expectativa do canoense médio aderir a imagem do ex-presidente populista, candidatos que já juraram outras bandeiras, agora se apresentam como bolsonaristas convictos, para buscar se eleger, se declaram de “direita, conservadores, patriotas…” e mais todos substantivos de discurso do momento.
Por fim, a cidade, e o país mereciam melhores representantes – e acredito que vamos ter líderes dignos, com princípios e valores, não preço! No momento, as divisões entre pseudo-direita, esquerda e oportunismo, são linhas mais presentes e atuantes na política brasileira, salvo grandes exceções, mais visíveis na Câmara Federal (sugiro breve pesquisas AQUI, sempre há gaúchos como referência política), deputados que mantém seus princípios e buscam melhorias dentro da legalidade para o país.
Acredito que a população em 2024, buscará outras alternativas, as pessoas mais críticas e conscientes, não irão se abster de comparecer às urnas, como na eleição da pandemia, que deixou a eleição concentrada para as regiões periféricas, mais vulneráveis à sedução, compra de votos e politicagem de candidatos que usam o povo como instrumento de promoção, para satisfazer sua ambição e vaidade. É preciso suprir e ocupar espaços públicos com pessoas que tenham princípios e empatia pela coisa pública, a omissão na participação do pleito têm como consequência a falta de renovação que tanto precisamos.
Aguardamos novos movimentos e mudanças, que sejam positivas pelo menos.
Muita luz a todos.