Os mais sábios sempre dizem “alguns homens são corruptíveis, outros não”, no meu ciclo de convivência, atualmente, convivo com homens e mulheres que não se corrompem e mantém sua integridade ética e moral. Difícil e raro isso? É o que o sistema e aqueles que o manipulam para benefícios próprios querem que a grande maioria da população pensem. Não é difícil nem raro, penso que as pessoas decentes e de bem são a grande maioria, mas por estarem focados em seus objetivos profissional e espiritual não atentam para as vaidades do mundo dos Establishment (Definição simples: Grupo sociopolítico que exerce sua autoridade, controle ou influência, defendendo seus privilégios), é possível que muitas dessas pessoas acabam sendo ofuscadas por gritos e sensacionalismos baratos que ainda atrai uma parcela da sociedade, pessoas que não conseguem assimilar uma realidade fora de seu ciclo de convivência, por estarem vendados pela ignorância e crenças ultrapassadas.
Em um 2022, que a pauta nacional sem dúvida nenhuma foi a eleição para presidente, o brasileiro experimentou o que é conviver com as diferenças de opinião, fato inexistente desde o Brasil império. Sim, nunca houve conflitos ideológicos no Brasil, seja qual for o período ou regime, o Estado sempre usou de suas influências e a ignorância do povo mau educado – na pura concepção da palavra – desde o período colonial, para simular questões políticas enquanto se apropriaram da coisas pública, sem a fiscalização do povo adormecido ou pacato em suas rotinas, de fato como povo não existiu uma educação visando a cidadania (…), mas isso é outra história. O que pior se resultou nessa eleição de 2022, foi o surgimento em massa de donos das verdades e rótulos especialistas de internet, divisão de lado bom e lado mau, ou, o certo, ou errado e claro uma infinidade de oportunistas políticos que em Selfies e discursos prometeram até terrenos em Marte.
Passados alguns dias das eleições e com resultado do 2º turno, persiste uma descrença em relação ao resultado e o representante eleito, criticado durante todo o processo eleitoral o eleito presidente no último dia 30, teve inegavelmente benefícios durante todo o pleito e mesmo antes, na visão de críticos. Com aval do STF que manipulou todo ordenamento jurídico conhecido, criando novas e inexplicáveis alternativas para justificar suas ações – podemos citar o recente instituto do “flagrante continuado”, criado para satisfazer o desejo e impor a vontade de um filósofo jurista dos tempos atuais (…), esses mecanismos foram jogados nas rotinas dos brasileiros, que sem saber ou mesmo entender as consequências de privilégios institucionais podem gerar perdas de direitos fundamentais. A eleição de 2022 ficará marcada pela participação ativa do judiciário e da imprensa que abertamente escolheram defender a tendência mais lucrativa, o que justifica a insatisfação dos 49% descrentes,
O resultado é justo? Não se trata de justo ou não, preferência de candidato ou perfil dos políticos, mas sim da consequência de um pleito duvidoso e tendencioso, sendo uma delas a insatisfação daqueles que não atingiram seu êxito eleitoral o que é diferente de uma vitória. Haveria manifestações e alguns questionamentos apaixonados (sendo a paixão a perda da sensatez) no caso de uma eleição equilibrada e isenta de interferências? Eu acredito que não.
Lula e Bolsonaro, apresentaram o Brasil para os brasileiros, cada um do seu jeito. Um lado uma noção identificada a um “dito conservadorismo moderno”, que despertou o que há de melhor e pior nas pessoas, a política de Bolsonaro atingiu grande parte da população que se identificou com suas pautas e discursos de moralidade, liberalismo econômico e valores mais tradicionais. A inclusão do saudosismo dos períodos do governo militar incentivou entusiastas que acreditavam e ainda acreditam em um país mais cidadão da década de ouro (ouro para alguns né!). De outro lado, o populismo e as bandeiras populares de Lula, que sabiamente explora a falta de experiência e conhecimento (em todos os sentidos) de jovens apaixonados e influenciados pela mídia parceira, o grande trunfo do criador do PT e do recente “lulismo” é usar a pobreza como bandeira, mesmo que distante dessa representação, uma vez que os seguidores e militantes mais fervorosos de Lula nem de longe estão na gestão PT.
Nem mesmo a lógica ajudou, ora passou por três governos do PT e não foi o suficiente para o entendimento da massa, que um novo governo seriam os mesmos moldes de governo Lula e Dilma – o discurso da eterna pobreza, tudo é pelo pobre. Grande articulador político, Lula não teria sido eleito sem seus grandes coordenadores, a mídia (do plim, plim) e seus “indicados” do STF, que se mostraram úteis e fiéis ao padrinho político, mérito até agora, daqueles que realmente tomaram o poder (como a citação de José Dirceu), sobre coro de democracia, igualdade, felicidade plena, créditos para financiamentos, cerveja e picanha junto a grandes frases e mensagens de efeito, como ódio, gabinete do ódio, orçamento secreto, genocida, ditador…, Lula foi novamente eleito presidente.
As questões de influências negativas não surgiram apenas de um lado, a crise política, institucional e social foram alimentados por conflitos entre ambas figuras políticas que criavam rótulos e incentivaram a separação, termos como ex-presidiário, ladrão, corrupto, criminoso viraram sinônimos para Lula, fato que revolta simpáticos ao ex-presidente eleito, e gera um desconforto quando essa pessoa assumir o maior cargo do executivo do país, sendo literalmente taxado e ignorado por metade dos brasileiros.
As consequências da eleição história de 2022 vamos analisar já nos próximos dias, o clima de tensão que tomou conta das grandes cidades é perigosa, algumas pessoas recorrem a práticas vivenciadas no passado que não geraram bons frutos, pelo contrário criou uma geração de pessoas ríspidas, inflexíveis e do outro lado oportunistas que criaram bandeiras populistas que manipulam os mais humildes até hoje, não por acaso essas duas representações disputaram as eleições neste ano, não deixando espaço para uma nova geração, por que nossa juventude mal sabe ler e são influenciados por uma esquerda falida e sem ética, ou por uma direita conservadora e autoritária.
Como todo brasileiro, tive a minha preferência, certa ou errada, foi minha escolha, meu direito constitucional que se exerce através do voto, como milhões de pessoas que fizeram a mesma escolha que eu ou não, que estão no mesmo lugar barco ou avião, como sempre me manifestei eu torço pelo piloto, e que possamos nos manter homens e mulheres que não se corrompem e mantém sua integridade ética e moral, independente deles. Bom Novembro a todos, muita força e luz.
RIO GRANDE DO SUL
A dúvida que paira na sede do governo gaúcho é se tecnicamente Eduardo Leite foi reeleito ou não! com uma virada significativa Leite manteve sua postura propositiva desde o início do primeiro turno, hábil com as palavras e dono de um controle emocional admirável, o político desponta como uma nova geração de tucanos que irão remodelar o PSDB das velhas raposas políticas do sudeste, trazendo novas perspectivas para a gestão pública.
A vitória de Eduardo Leite é a soma de vários fatores, incluindo uma militância apaixonada, votos do PT e dos próprios bolsonaristas que avaliaram Leite como melhor candidato para os gaúchos.
ESPAÇO NA VITRINE
Políticos, pretensiosos e postulantes de canoenses participaram da eleição de uma forma frenética, com intenção de angariar espaço no novo governo Leite, como pombos atrás de migalhas, o que se viu foi um escancarado festival de busca de interesses próprios de velhos enraizados políticos que se abraçaram como se a cidade não estivesse no meio do caos institucional e com dificuldades na saúde.
Alheio às correrias daqueles que buscam vitrine, o grande vitorioso Dep. Busato – Ex-prefeito, mais uma vez se destaca como grande articulador político, único canoense eleito, participou ativamente da campanha vitoriosa de Eduardo Leite, o casamento UB com PSDB foi próspero e possivelmente se estenderá em muitas cidades para 2024.
DEMOCRACIA
A palavra mais usada em 2022 sem dúvida foi democracia, aqui se prende, censura, agride, separa e impõem vontade tudo em nome da democracia.