Amigos leitores trago esta semana um fato marcante na política nacional, não muito comentado, mas que já foi tema de filme, mantém certa nostalgia, conspirações e por fim enredo nebuloso e bem arquivado em nossa história.
Estou falando da derrubada do Presidente João Goulart que foi desencadeado no dia 31 de março de 1964 por decisão individual do general (Olímpio) Mourão Filho, que marchou com suas tropas de Juiz de Fora em direção ao Rio de Janeiro e assim começou o Golpe de 64 que tantos falamos mas muitos não lembram ou citam quem de fato estava no poder naquela época .
A ironia histórica relembrada ocorre porque muitos idolatram o político Magalhães Pinto, um dos principais articuladores para o golpe militar com o total apoio do general Olímpio Mourão Filho falecido em 1972 e não tem nenhum parentesco e origem com o atual General Hamilton Mourão , que também tem pai general em sua linhagem militar, sendo homônimos sobrenomes e patentes.
O gen Olímpio também tem em seu currículo militar a articulação para a instauração da ditadura em 1937, durante o Estado Novo, ao forjar um documento antissemitista e anticomunista, conhecido como plano Cohen quando ainda era capitão do Exército e à época chefe do serviço secreto da Ação Integralista Brasileira (partido político ultraconservador e católico) , onde ficou conhecida em nossa história como uma das maiores falsificações de documentos militares com intuito de legitimar ações militares em prol do país em sua soberania.Também é necessária trazer a informação que outro eloquente articulador militar para o golpe de 1937 foi o Gen. Eurico Gaspar Dutra, que tramou a necessidade de interferência militar e trouxe o contexto que Comunista é aquele que é contra o Governo ; se pensarmos um pouco não lembra o antigo discurso nossos dias atuais?
Como no passado o atual momento também trilha a mesma opinião ou comportamento do dividido povo brasileiro , pois, não conseguimos sair da pluralidade sem achar qualquer meio respeitoso e pacífico. Nosso sistema eleitoral é muito diferente dos tempos de Getúlio Vargas e mesmo assim ainda por meio de leis, manobras, julgados e jurisprudência não temos a capacidade de confiança em nosso voto democrático.
O passado revelou que o Brasil quase virou uma União Soviética, senão houvesse a intervenção destes militares, que juntamente com apoiadores ou não, como Luis Carlos Prestes e Carlos Lacerda em trajetórias e ideologias distintas tentaram buscar o melhor ao país.
Desconheço nos dias atuais qualquer manifestação pública de militares a favor de um novo Golpe;até pelo contrário alegam estar em tempos de Democracia e não há nenhum risco presente que justificasse qualquer intervenção, me restando apenas fazer essa narrativa, pois estamos em tempos de fake news e a criatividade de tumultuar fatos faz ao articulador da incultura embaralhar informações verdadeiras ou fantasiosas e iniciar um descrédito aonde não merece qualquer ataque ou “cancelamento”.