O mapa de colorir: a brincadeira precisa ter fim

Mais uma vez o Rio Grande do Sul está submetido a ordens absurdas.

Mas por que absurdas? Por estarmos diante de restrições que impedem a liberdade do trabalhador poder exercer sua atividade de sustento, pois toda atividade é essencial para quem trabalha de dia para comer à noite.

Quando um governante coloca quem é prioridade ou não para o seu ganha pão, estamos diante de um cenário de arbitrariedade sem precedentes, pois tira o direito de um cidadão do controle na gerência de suas necessidades e das de sua família. O que intriga nessa história toda são denúncias de cidadãos sobre os centros de atendimento Covid, como por exemplo, a cidade de Novo Hamburgo, onde uma foto foi capturada neste sábado (20), às 10h, contrariando por si só um cenário nada alarmante para que uma bandeira preta seja imposta, emergência/urgência quase vazia, sem o tumulto promovido nos tabloides esquizofrênicos. Começando que essa história de pintar o mapa soa um teatro arquitetado para promover pânico e caos econômico como tem assolado milhares de pessoas e suas rendas. 

Foto: arquivo pessoal
Centro Covid Novo Hamburgo, às 10h, do dia 20/02/2021

O tratamento precoce é ignorado enquanto salva vidas em locais que o adotam, somente o negacionista de plantão para não aceitar os fatos, pois obedece cegamente a uma ideologia que prega a dizimação das vidas. Se for por ciência robusta o que exigem os humanistas de quarto desarrumado, o estilo ‘lockdown’ da bandeira preta é meramente teatral, pois a Alemanha já deixou claro a falsa ciência fabricada para propor domínio em seu território através do Ministério Federal do Interior, que contratou cientistas do Instituto Robert Koch e de várias universidades para justificar as rígidas medidas e lockdowns decretados no país que parecem continuar a terem efeito em nossas vidas ainda, mesmo com a farsa declarada.

No mapa do distanciamento controlado divulgado nesta sexta-feira (19) pelo governo do Rio Grande do Sul, 68,4% do estado está classificado com risco altíssimo de contágio do coronavírus. As cidades nas regiões são: Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Taquara que “devem” adotar medidas equivalente à bandeira preta. 

Como fica a situação: as atividades consideradas não essenciais ficam suspensas entre 22h e 5h a partir deste sábado (20).

  • No serviço público, apenas áreas da saúde, segurança, ordem pública e atividades de fiscalização atuam com 100% das equipes. Demais serviços atuam com, no máximo, 25% dos trabalhadores presencialmente.
  • Aulas presenciais estão suspensas nos municípios em bandeira preta a partir de segunda (22). Restaurantes penas com tele entrega e pague e leve.
  • Comércios atacadista e varejista de itens essenciais, seja na rua ou em centros comerciais e shoppings, podem funcionar de forma presencial, mas com restrições. Equipes de no máximo 25% dos trabalhadores são permitidas. O comércio de veículos, o comércio atacadista e varejista não essenciais, tanto de rua como em centros comerciais e shoppings, ficam fechados;
  • Cursos de Dança, música, idiomas e esportes também não têm permissão para funcionar presencialmente;
  • Lazer em parques temáticos, zoológicos, teatros, auditórios, casas de espetáculos e shows, circos, cinemas e bibliotecas são proibidos. Demais tipos de eventos, seja em ambiente fechado ou aberto, não devem ocorrer;
  • Academias, locais públicos abertos e condomínios fechados para suas atividades.
  • Missas e serviços religiosos podem operar sem atendimento ao público, com 25% dos trabalhadores, para captação de áudio e vídeo das celebrações;
  • Bancos e lotéricas podem realizar atendimento individual, sob agendamento, com 50% dos funcionários;
  • No transporte coletivo municipal e metropolitano de passageiros, é permitido ocupar 50% da capacidade total do veículo, com janelas abertas. 
  • Serviços de construção e obras de infraestrutura podem funcionar com teto de 75% de funcionários.

Eu gostaria de saber quem inventou o que é essencial ou não numa petulância anunciada, em que temos pessoas pedindo alimento em nossas portas alegando terem perdido seu ganha pão sem expectativa de uma outra oportunidade. Lembro ao leitor que a imensa equipe de Leite tem o seu bom salário garantido no final do mês, sem preocupação nenhuma com o que poderá acontecer, afinal, eles comandam a máquina pública e os nossos passos.

E assim segue o baile dos fanfarrões, que atacam a população em nome da segurança que não passa de um ensaio de controle da massa, julgando quem deve ou não ter comida na mesa através da permissão de quem é essencial ou não em sua função, alegando que a economia se vê depois, mas não esquecem de cravar a adaga das contas de água, luz e impostos em nossos corações sem perdão se algum atraso ocorrer.

A fatia do salame está sendo cortada com mais rapidez a cada dia, nos deixando inertes numa sombra de falsa preocupação por parte dos governantes. Logo, esse salame ficará só o talo e não teremos mais nem permissão para, quem sabe, estar a escrever o que analisamos e sentimos dessa realidade ignorada por uma maioria que dorme em berço esplêndido e só vai reagir na dor tarde demais.

Máscaras e álcool em gel já estão caindo por terra, basta começar outro método de controle … É a ditadura em nome da democracia, segurança e bem-estar social. 

Liberdade não se negocia, mas o silêncio da maioria, principalmente dos interessados dos ramos massacrados sem nenhuma reação legal está sendo ensurdecedor.

 

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Carina Belomé
Carina Beloméhttps://realnews.com.br/
Jornalista, conservadora e patriota

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